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Afeganistão: Airbnb oferece acomodação gratuita a 20 mil refugiados afegãos

Segundo a empresa, objetivo é ajudar os refugiados enquanto se adaptam aos novos países. A plataforma online de serviço de hospedagem Airbnb disse que vai...

Por Agência Brasil

25/08/2021 às 07:47:00 - Atualizado há
Segundo a empresa, objetivo é ajudar os refugiados enquanto se adaptam aos novos países. A plataforma online de serviço de hospedagem Airbnb disse que vai oferecer acomodação gratuita a 20 mil refugiados afegãos para ajudar no reassentamento deles pelo mundo.

O CEO da empresa, Brian Chesky, disse que a medida é uma resposta a "uma das maiores crises humanitárias da nossa era" e que era sua responsabilidade fazer algo para ajudar.

"Eu espero que isso inspire outras empresas a fazer o mesmo. Não temos tempo para desperdiçar", disse Chesky, que é cofundador do Airbnb.

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"À medida que milhares de afegãos refugiados são reassentados pelo mundo, onde eles ficam será o primeiro capítulo de suas novas vidas. Para esses 20 mil refugiados, minha esperança é que a comunidade do Airbnb garanta a eles não apenas um lugar seguro para descansar e recomeçar, mas também boas-vindas calorosas à casa", completou.

O CEO do Airbnb, Brian Chesky, anunciou que a empresa vai oferecer acomodação gratuita a 20 mil afegãos pelo mundo

Divulgação via BBC

A oferta começa imediatamente e a empresa diz que está trabalhando com organizações não-governamentais in loco para ajudar com as necessidades mais urgentes.

O Airbnb explicou que vai colaborar com agências de reassentamento e ONGs "para ir onde a demanda está" e adaptar a iniciativa e o tipo de apoio à necessidade.

"Começando hoje, o Airbnb vai acomodar 20 mil refugiados afegãos pelo mundo de graça", escreveu Chesky no Twitter.

"Nós vamos pagar por essas estadias, mas não poderíamos fazer isso sem a generosidade dos nossos 'hosts' (as pessoas que alugam suas propriedades pela plataforma)", disse.

A empresa disse que os custos das estadias seriam financiados por meio de contribuições do Airbnb e de Chesky, bem como de pessoas que doam ao Airbnb.org Refugee Fund, um fundo criado pela empresa para políticas de apoio a refugiados.

Chesky pediu que hosts interessados em ajudar entrem em contato com ele.

"O deslocamento e reassentamento de refugiados afegãos nos Estados Unidos e em outros lugares é uma das maiores crises humanitárias da atualidade", ele disse.

Doações

Faz tempo que pessoas que alugam suas propriedades no Airbnb são encorajadas pela plataforma a doar estadias para "pessoas em situação de crise".

O esquema começou em resposta ao Furacão Sandy, em 2012, quando mais de mil pessoas precisaram de acomodação de emergência depois que Nova York foi atingida.

Imagem cedida pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA mostra pessoas embarcando num Globemaster III C-17 durante uma evacuação no Aeroporto Internacional Hamid Karzai, Cabul, Afeganistão, 18 de agosto de 2021

AFP/US MARINES CORP/Lance Cpl. Nicholas GUEVARA

Desde então, ele ajudou mais de 75 mil pessoas, segundo o Airbnb.

A empresa lançou a iniciativa Open Homes (Casas Abertas) em 2017, para permitir que a sua comunidade de hosts ofereça suas propriedades de graça a pessoas atingidas por desastres e que estão fugindo de conflitos.

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Desde então, a iniciativa ofereceu estadias gratuitas a pessoas afetadas pelo terremoto na Cidade do México, os incêndios na Califórnia e na Austrália e outros desastres.

Depois, a empresa fundou a sua própria ONG, a Airbnb.org, que foca em ajudar as pessoas a trocarem e compartilharem acomodações e recursos em tempos de crise.

Na semana passada, deu financiamento emergencial ao Comitê Internacional de Resgate e ao Church World Service para garantir estadia temporária a mil refugiados afegãos.

E, no último fim de semana, deu hospedagem a 165 refugiados pouco depois de desembarcarem nos EUA.

"Acomodação acessível é urgentemente necessária e essencial", disse David Miliban, presidente do Comitê de Resgate Internacional.

Vídeos: Histórias e relatos sobre o caos no Afeganistão
Fonte: G1
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