Ex vereador de Palmas, Lucio Campelo, é investigado por fala polêmica: 'sou é a favor da pedofilia'

Lúcio Campelo é investigado por quebra de decoro parlamentar. Fala ocorreu durante reunião de comissão que votava projeto contra violência sexual na Câmara dos Vereadores de Palmas, em 2018.

Ex vereador de Palmas, Lucio Campelo, é investigado por fala polêmica: 'sou é a favor da pedofilia'. (Foto: divulgação)

Ex vereador de Palmas, Lucio Campelo, é investigado por fala polêmica: 'sou é a favor da pedofilia'. (Foto: divulgação)

A Câmara de Vereadores de Palmas foi notificada pelo Ministério Público para abrir um processo disciplinar contra o ex vereador Lúcio Campelo por fazer "apologia a pedofilia". O objetivo é apurar se ele quebrou o decoro – comportamento esperado dos parlamentares – ao dizer durante uma sessão que é "a favor da pedofilia". Para a promotoria da Infância e Juventude de Palmas, o comentário feriu o código de ética parlamentar.

A fala ocorreu durante uma reunião da comissão de Constituição e Justiça, durante votação para criar a Semana de Combate à Violência e Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes de Palmas. Nenhum dos vereadores que estavam na reunião repreendeu ou comentou o que foi falado.

O ex vereador usou a tribuna, na época, para pedir desculpas. Ele disse que se confundiu com as palavras ao tentar antecipar o voto. "Todos nós aqui sabemos que antecipamos os votos e ao tentar fazer isso nós cometemos um erro. Quero assumir o erro que cometi, pedir desculpas a sociedade palmense por ter errado", disse.

O pedido de investigação foi feito pelo promotor Sydney Firori Júnior, que é coordenador do Centro de Apoio operacional às promotorias da Infância e Juventude. "Quem trabalha em processos criminais de estupro e crimes contra dignidade sexual sabe a quantidade de casos envolvendo. Então é muito triste verificar um vereador falar uma frase dessa que pode até incentivar outros crimes", afirmou o promotor.

A Defensoria Pública do Tocantins emitiu uma nota de repúdio sobre a fala do vereador. "O discurso do representante é ainda mais preocupante pelo risco de naturalizar a prática, já que ele é uma autoridade", afirmou.

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