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"Velhofobia": veja respostas de famosas ao preconceito de idade

Etarismo, ou "velhofobia", é mais evidente em mulheres. Famosas e influenciadoras lutam contra o preconceito pela idade

Por Redação

05/06/2022 às 09:23:00 - Atualizado há

A discriminação de pessoas com base na idade é conhecida por vários nomes, como etarismo, idadismo e velhofobia, e é vedada pela Constituição Federal. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um relatório de 2021, estima-se que uma em cada duas pessoas pratique alguma atitude relacionada ao etarismo no mundo. Entre os famosos, principalmente as mulheres, é comum encontrar casos desse tipo de preconceito.

Recentemente, a atriz Andréa Beltrão falou sobre o assunto na internet, por meio de um vídeo divulgado no perfil da atriz e diretora Thais de Campos. Ela cita insultos disfarçados de elogios, como: "Nossa, Andréa, você tem 58 anos? Mas você está ótima". Beltrão rebateu o comentário afirmando: "Elogio que começa com "mas" não é elogio".

Assim como outros tipos de discriminação, o etarismo nem sempre é fácil de identificar, já que se manifesta dentro de padrões sociais e de beleza tidos como normais na sociedade. Com a cultura da juventude e o desejo pela mocidade eterna, mulheres se sentem pressionadas e julgadas ao surgirem as primeiras rugas ou cabelos brancos. Algumas tentam esconder e reduzir as marcas da idade, enquanto outras se posicionam abertamente e defendem a chegada da velhice.

Sobre o assunto, a atriz Ingrid Guimarães vem usando as redes sociais para conscientizar seus fãs e seguidores sobre a "velhofobia". Em novembro de 2021, a artista publicou em seu Instagram uma imagem da ousada e expressiva designer britânica Vivienne Westwood, de 80 anos. Na publicação, a atriz escreveu: "Tenho percebido um certo silêncio quando digo que tô chegando perto dos 50. Quando a pessoa quer ser simpática ainda diz: Olha, você está ótima, tá?! Quase como quem diz: "Calma, que vc não parece velha'"

De acordo com o psiquiatra Anibal Okamoto, esse preconceito se manifesta em vários níveis, sendo os principais no local de trabalho, entre os amigos e contra si mesmo. Essa desvalorização se dá por meio de estereótipos, quando as pessoas consideram a pessoa de mais idade como "lenta", "feia", "gagá" ou "doente", por exemplo.

"No trabalho, é comum que os idosos tenham menos oportunidades de promoção e muita dificuldade para conseguir um novo emprego. Às vezes, acontece de um jeito sutil, quando todo mundo evita o idoso ou não conversa com ele, em locais públicos ou mesmo espaços comerciais", explica.

Entre artistas e atrizes, o envelhecimento geralmente é tratado como impedimento para a conquista de papéis e de publicidade. Isso acontece porque mulheres mais velhas foram historicamente deixadas de lado quando se trata de beleza, sensualidade e vigor.

Essa realidade, porém, está mudando com campanhas publicitárias que mostram a sexualidade e a beleza das mulheres mais velhas, e atrizes se recusam a interpretar o estereótipo de "velhinha" nas telas.

VIA: METRÓPOLES

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