SaĂșde Reclamação

Presos da CPP de Palmas reclamam da dificuldade de atendimento médico na unidade

Por Assessoria de Imprensa

06/06/2022 às 12:22:00 - Atualizado hĂĄ

Durante atendimento da Defensoria PĂșblica do Estado do Tocantins (DPE-TO) na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Palmas, na sexta-feira Ășltima, 3, presos da unidade prisional reclamaram da dificuldade de atendimento médico no local. É o caso de um rapaz que descobriu um câncer de mama hĂĄ trĂȘs meses e desde então estĂĄ sem um tratamento adequado.


"Sinto dores que me causam até falta de ar; vejo a doença avançar cada vez mais, porém, desde o dia que recebi o diagnóstico, nunca mais recebi tratamento de saĂșde", conta.


Eles também alegaram que não existe uma regularidade nas consultas médicas. "Estou com muitas dores na próstata, solicito atendimento médico jĂĄ tem mais de trĂȘs meses e ainda não consegui. Pelo menos aqui nessa ĂĄrea, é muito difĂ­cil alguém sair para atendimento médico", contou outro detento.


As reclamações foram feitas a defensores(as) pĂșblicos(as) que fizeram atendimentos a presos provisórios e condenados. De acordo com o coordenador do NĂșcleo Especializado de Defesa do Preso (Nadep), defensor pĂșblico Adir Pereira Sobrinho, a proposta foi identificar as principais necessidades atuais de demandas coletivas, além de verificar in loco a assistĂȘncia humanitĂĄria.


Problemas detectados


Ainda no local, a Defensoria PĂșblica detectou a necessidade de kits de higiene, ĂĄgua potĂĄvel para beber e ventilação nas celas. Hoje, segundo os presos, eles só bebem ĂĄgua quando saem para o banho de sol e tĂȘm acesso a um bebedouro, jĂĄ que não hĂĄ ĂĄgua nas celas.


Outra reclamação são as doenças de pele, como micoses, que são justificadas por eles pelas aglomerações nas celas e o uso coletivo de toalhas. Em uma das celas que abriga um total de 14 pessoas, por exemplo, havia apenas um pedaço de toalha para que todos utilizassem.


A necessidade de projetos de remição de pena e ressocialização também foi uma demanda apresentada. "Passamos o dia muito ociosos, tendo somente o banho de sol e a escola para estudar. A gente tinha a remição do livro, mas hĂĄ muito meses retiraram e nunca retomaram. A gente ouve notĂ­cias de quem tem vĂĄrios projetos aqui na unidade, mas ele é voltado só para uma minoria de presos", afirmou um dos presos atendidos.


Atendimentos


Além do coordenador do Nadep, os atendimentos foram realizados pela defensora pĂșblica Napociani Pereira Póvoa e pelos defensores pĂșblicos FabrĂ­cio Silva Brito e Edivan de Carvalho Miranda, que com apoio de servidores da DPE-TO, atenderam individualmente cerca de 60 presos da CPP.


Atualmente a Casa de Prisão Provisória de Palmas conta com um total de 662 presos.


Vistoria Nusa


Paralelo aos atendimentos, o coordenador do NĂșcleo Especializado de Defesa da SaĂșde (Nusa), Freddy Alejandro Solórzano Antunes fez uma vistoria no local quando verificou que a unidade conta com boa estrutura para atendimento médico e odontológico, estoque de medicamentos e insumos em quantidades adequadas. Na ocasião, foi apresentada ao Defensor PĂșblico a escala médica da semana para atendimento aos presos que acontecem de segunda a sexta-feira.


Segundo o Coordenador do Nusa, no momento não foi possĂ­vel verificar a reclamação dos detentos sobre a dificuldade no atendimento médico, mas o NĂșcleo voltarĂĄ à unidade para averiguar a demanda.


ProvidĂȘncias


A partir do que foi levantado, o Nadep irĂĄ notificar o Estado para que preste informações sobre as demandas apresentadas pelos presos.


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