Representante dos servidores da Abin deixa cargo após divulgar nota negando fraude nas urnas
A manifestação dos funcionários da Agência de Inteligência irritou o Planalto e setores que cuidam diretamente da segurança do presidente
O presidente do Intelis – União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin –, Daniel Almeida de Macedo, deixou o cargo ontem à no final da tarde, horas após a entidade ter divulgado uma nota em que os servidores da agência reafirmaram a segurança das urnas eletrônicas.
Macedo estava à frente da entidade desde 1º de julho.
Na nota oficial, a Intelis disse que os profissionais da Abin "têm prestado apoio técnico especializado à Justiça Eleitoral" e que nunca houve um só indício de fraude nas urnas eletrônicas.
"Ao longo de toda a história da utilização da urna eletrônica, os profissionais de Inteligência de Estado têm prestado apoio técnico especializado à Justiça Eleitoral no fornecimento e implementação de sistemas e dispositivos criptográficos, que contribuem para a autenticidade, confidencialidade e inviolabilidade dos programas e dados das urnas utilizadas no país", disse a entidade.
Foi apurado que a manifestação dos servidores da Abin irritou o Palácio do Planalto e setores que cuidam diretamente da segurança do presidente da República, como o GSI, já que a mensagem foi interpretada como uma derrota de Jair Bolsonaro em relação a um órgão que ele imaginava ter total controle.