Para os mais antigos da corporação, a história do batalhão se confunde com a história do próprio Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins
O dia 09 de março faz passar um filme na cabeça de muitos bombeiros militares do Tocantins. Os mais antigos se lembram como hoje, das dificuldades, da luta que era o atendimento às ocorrĂȘncias de acidente, salvamento aquĂĄtico ou combate a incĂȘndio. Desde que houve o desligamento da PolĂcia Militar e o que se tratava como 1ÂȘ Companhia de Bombeiros Militar, passando a se chamar 1Âș Batalhão de Bombeiros, estĂĄ fazendo 19 anos.
Quem estava na escala de serviço da Ășltima quinta-feira, juntamente com Chefe do Estado-Maior, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, celebraram a data, com direito a ouvir parte das velhas histórias daqueles que de fato viveram cada capĂtulo, além de comer bolo e cantar os parabéns ao aniversariante.
"É uma data muito importante para todos nós", afirmou o coronel Ornelas, relatando que "o dia 09 de março de 2004, sacramentou o que querĂamos naquele perĂodo, que era a ampliação de todos os nossos serviços, como salvamento aquĂĄtico, atendimento pré-hospitalar e defesa civil. E foi possĂvel ter essa transformação toda".
O coronel Ornelas é um dos "antigões" da corporação e viveu os perrengues tão comuns aos pioneiros, sobretudo àqueles que aqui estavam quando Palmas dava seus primeiros passos como capital. E isso tinha um peso exponencial por se tratar de uma instituição que lutava pela independĂȘncia, mas não tinha estrutura.
"Às vezes, não tinha viatura especĂfica. Era nas camionetes que colocĂĄvamos as vĂtimas de acidentes de trânsito, por exemplo, e levĂĄvamos para o Hospital Geral de Palmas", conta Régis Dean Neves Prado Mourão, que chegou ao CBMTO soldado, passou pelas patentes de cabo, sargento, subtenente e agora é capitão.
Mourão é um dos mais antigos no Batalhão. Quando chegou, tinha o objetivo de fazer o Curso de Adaptação de Bombeiros, que valia para quem era policial militar e queria ingressar no CBMTO. O soldado Mourão nunca mais saiu. E jĂĄ se faz 22 anos.
"Foi um tempo de muitas conquistas, crescimento do CBM. Passamos dificuldades com falta de viaturas, equipamentos. E hoje estamos nessa grandiosidade", destaca o Capitão. "Costumo dizer que o Batalhão é a minha segunda casa. Estou aqui desde 2012. O meu maior tempo fora daqui foi quando servi a Força Nacional, em 2007/2008", relatou.
O mais novo comandante do 1Âș BBM é o major Alex Matos Fernandes. "Muitas das histórias que a Corporação como um todo viveu, aconteceram aqui no Batalhão. Começando pela chegada a este prédio, pela vinda para ocupĂĄ-lo. É uma história que se confunde com a história do CBMTO", assegura o major.
O major Matos estĂĄ hĂĄ cerca de trĂȘs meses no comando do 1Âș BBM, contudo, tem tempo suficiente na Corporação para lembrar que "a população é quem tem mais a ganhar com tudo isso que a gente e os mais antigos vivemos".
"Como corporação e como bombeiros militares, crescemos bastante e essa vontade de prestar o melhor serviço para a sociedade com excelĂȘncia e qualidade, desde a prevenção até a hora em que ela mais precisa", explica Matos. "Enquanto as pessoas estão correndo do local, nós estamos fazendo o caminho contrĂĄrio, indo para salvar vidas", disse.
Durante a homenagem ao Batalhão e todos que, de forma direta e indiretamente, cooperaram para se ter a história de hoje, o coronel Ornelas agradeceu pela bravura e entrega. "Eu gostaria de parabenizar a todos que passaram por aqui, como Comandantes, Comandantes de Socorro, Oficial de Área, Auxiliares nas Viaturas, Salvamento AquĂĄtico, entre outros. No Batalhão foi onde tudo teve inĂcio", disse.
A homenagem ainda teve a presença do tenente-coronel da Reserva, Jairon Fernandes, do tenente-coronel e corregedor do CBMTO, Cléber José Borges Sobrinho, do tenente-coronel e comandante Operacional, Ciro Cardoso Guimarães Filho, do subcomandante do 1Âș BBM, major Diógenes Madeira, e diversos bombeiros militares que atuam na escala de do dia.