Ex repórter da Record recebe condenação por ato de importunação sexual

O jornalista Gerson de Souza, anteriormente vinculado à TV Record, enfrentou acusações de comportamento inadequado de natureza sexual por parte de quatro colegas de profissão na emissora durante seu trabalho no programa Domingo Espetacular.

Ex repórter da Record recebe condenação por ato de importunação sexual

O jornalista Gerson de Souza, anteriormente vinculado à TV Record, enfrentou acusações de comportamento inadequado de natureza sexual por parte de quatro colegas de profissão na emissora durante seu trabalho no programa Domingo Espetacular.

A denúncia foi oficializada pela promotora Maria do Carmo Galvão de Barros Toscano, representando o Ministério Público de São Paulo.

A primeira ocorrência de assédio, registrada pela polícia, ocorreu em 2016, envolvendo uma estagiária da emissora.

De acordo com o relato das vítimas, o repórter em questão realizava toques indesejados e proferia palavras de teor sexual. Houve um incidente em que Souza beijou uma produtora na boca sem o consentimento desta.

"Incomodava as vítimas com comentários de cunho sexual, palavras maliciosas, gestos obscenos e toques inapropriados e não consensuais, criando um ambiente de constrangimento no local de trabalho", o Ministério Público concluiu.

O jornalista Gerson de Souza recebeu uma sentença de dois anos e meio de prisão por importunação sexual, anunciada nesta segunda-feira (17).

A juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida, encarregada da decisão, optou por converter a punição em prestação de serviços comunitários, juntamente com uma multa de dez salários mínimos, totalizando o valor de R$ 13.200.

O jornalista contestou as acusações e alegou ter sido alvo de retaliação devido a críticas feitas ao desempenho profissional das denunciantes.

Entretanto, após a audição dos depoimentos de 21 testemunhas, a juíza concluiu que ele agia com pleno conhecimento ao praticar atos de natureza sexual.

Gerson de Souza recebeu duas condenações distintas por importunação sexual: uma relacionada ao beijo forçado e outra referente ao ato de tocar o braço de uma mulher e fazer um comentário inadequado sobre a textura da pele.

Além das acusações, a juíza também considerou relevante o fato de a Record ter rescindido o contrato de Souza em 2020, um ano e cinco meses após as denúncias de assédio.

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