O caso do 'Gianecchini do crime': Tiago Tadeu Faria, condenado por ataques a bancos, é transferido para penitenciária federal

Em uma reviravolta surpreendente no caso que chocou o país, Tiago Tadeu Faria, mais conhecido como o "Gianecchini do crime", foi transferido para uma penitenciária federal após ser condenado a mais de 50 anos de prisão por sua participação em mega-assaltos a bancos no estado de São Paulo. Tiago ganhou notoriedade em 2012 ao invadir a apuração do carnaval e rasgar as notas dos jurados, quando atuava como representante da escola de samba Império de Casa Verde.

A transferência de Tiago ocorreu no dia 7 de junho, durante o feriado de Corpus Christi, mas os detalhes sobre a cidade onde ele foi encarcerado e o motivo da transferência permanecem sob sigilo. Geralmente, as penitenciárias federais abrigam presos considerados de alta periculosidade, que não podem permanecer nas unidades prisionais dos estados por questões de segurança.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Sistema Penitenciário Federal tem como objetivo combater o crime organizado, isolando as lideranças criminosas e os detentos de alta periculosidade. Atualmente, o Brasil conta com cinco unidades federais distribuídas em Catanduvas, Campo Grande, Porto Velho, Mossoró e Brasília.

O envolvimento de Tiago em crimes violentos veio à tona novamente em setembro de 2020, quando ele foi preso por policiais da delegacia de Roubos a Bancos na Zona Norte de São Paulo. Investigação apontou que ele era um dos líderes de uma quadrilha responsável por ataques a bancos no interior do estado.

Foto: Reprodução

Os ataques perpetrados por Tiago incluíram explosões em agências do Banco do Brasil nas cidades de Botucatu e Ourinhos, em maio e julho de 2020, respectivamente. Além disso, ele também foi apontado como responsável por um ataque a uma agência no Rio Grande do Norte, em 2017, e por explodir uma agência da Caixa Econômica Federal em Bauru, em 2018.

A condenação de Tiago Tadeu Faria pela Justiça Federal ocorreu em 2021, no caso do ataque à agência bancária da Caixa Econômica Federal em Bauru. A sentença, baseada em provas materiais, incluindo exames de DNA que comprovaram sua presença no local do crime, resultou em uma pena de 53 anos, dois meses e dez dias de reclusão, em regime inicial fechado.

O ataque às agências bancárias em Botucatu, que envolveu cerca de 40 criminosos e resultou em uma madrugada de terror na cidade, levou à condenação de Tiago e outros três réus a penas superiores a 50 anos de prisão em fevereiro de 2022. Durante a ação criminosa, um homem foi morto e dois policiais militares ficaram feridos.

A transferência de Tiago Tadeu Faria para uma penitenciária federal marca mais um capítulo na história desse criminoso de alta periculosidade. A sociedade espera que medidas rigorosas sejam tomadas para garantir a segurança pública e que casos como esse sirvam de exemplo para ações de combate ao crime organizado em nosso país.