Operação Conjunta entre Polícia Civil e Energisa Combate o Furto de Energia no Sul do Tocantins
Ação resulta em prisões, interrupções de fraude e conscientização sobre os riscos e prejuízos do furto de energia elétrica
Em uma ação conjunta entre a Polícia Civil e a Energisa, realizada entre os dias 12 e 16 de junho, nas cidades de Gurupi, Formoso do Araguaia e Cariri, no sul do Tocantins, uma grande operação foi desencadeada para combater o furto, as fraudes e as ligações clandestinas de energia elétrica. Os resultados foram significativos, com oito prisões, 25 interrupções de fraude e 17 autuações. Ao todo, foram realizadas 153 inspeções que revelaram a gravidade do problema.
A ação mobilizou cerca de 40 profissionais da Delegacia de Repressão de Crimes Praticados contra Concessionárias Prestadoras de Serviços Públicos e da Energisa. O delegado titular da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Praticados contra Concessionárias de Serviços Públicos (DRCSP), João Batista, ressaltou que o crime de furto de energia elétrica pode resultar em penas de um a quatro anos de prisão. Embora os detidos tenham recolhido fiança de dois salários mínimos e estejam respondendo em liberdade, fica evidente que o valor da fiança demonstra que o crime não compensa.
Ricardo Pedrosa, Coordenador de Medição e Combate a Perdas da Energisa, destaca a gravidade da ligação clandestina de energia elétrica, que coloca a vida das pessoas em risco. Além disso, ele ressalta que a rede elétrica foi projetada para atender a um número específico de clientes, e o desvio de energia pode prejudicar a todos, causando sobrecarga na rede, oscilações, quedas de energia e danos a equipamentos e transformadores. Portanto, é crucial que a população esteja ciente dos riscos e prejuízos associados ao furto de energia elétrica, utilizando-a de forma responsável e legal para garantir a segurança e o bem-estar de todos.
Denunciar casos de ligações clandestinas também é fundamental, pois todos os usuários acabam pagando pelos custos desses crimes. Os dados divulgados mostram que o número de ligações clandestinas de energia elétrica identificadas no Tocantins tem variado nos últimos anos, com um aumento de casos em 2022 e 2023. Somente em 2023, já foram identificadas 2.231 ligações clandestinas até maio. A Energisa revela que a quantidade de energia furtada neste ano seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de Formoso do Araguaia por 18 meses.
Ao analisar o ranking de "gatos" em 2023, a cidade de Palmas lidera a lista, com 1.187 casos identificados, seguida por Araguaína, com 723 ligações clandestinas registradas, e Gurupi, que contabilizou 321 casos. Esses números evidenciam a necessidade contínua de ações efetivas para combater o furto de energia elétrica e conscientizar a população sobre os danos e prejuízos causados por essa prática ilegal.
A parceria entre a Polícia Civil e a Energisa demonstra um esforço conjunto para proteger a integridade da rede elétrica e garantir um fornecimento de energia seguro e justo para todos. Essas ações são essenciais para preservar a ordem pública e promover o bem-estar coletivo, incentivando a responsabilidade e a legalidade no uso da energia elétrica.