Mãe corajosa denuncia omissão da diretora de escola após caso de humilhação de crianças especiais

Marina Valente, mãe que gravou áudio de professora humilhando aluno com TEA, acusa diretora de ser omissa diante do ocorrido

Foto: Vinícius Schmitd

Foto: Vinícius Schmitd

A coragem de uma mãe em denunciar a humilhação sofrida por seu filho com transtorno do espectro autista (TEA) ganha um novo capítulo. Após a divulgação do áudio chocante no qual uma professora desrespeitava e humilhava crianças especiais, Marina Valente, a mãe que registrou os momentos de terror de seu filho, decidiu não se calar diante da omissão da diretora da Escola Classe (EC) nº 8 do Guará.

Para Marina Valente, de 34 anos, a diretora da escola pode ter sido omissa ao lidar com a situação, uma vez que, após tomar conhecimento do áudio, informou aos familiares que a professora em questão permaneceria na escola. A justificativa dada pela diretora foi que a professora continuaria frequentando normalmente a sala de aula, cabendo aos responsáveis pela criança decidir se a enviariam às aulas ou não, enquanto sugeriu que a criança fosse transferida para outra unidade de ensino.

No entanto, a mãe denunciante alega que a diretora omitiu essas informações das outras mães cujas crianças compartilhavam a mesma sala de aula de seu filho. Essas mães só teriam tido conhecimento da gravidade dos fatos por meio da imprensa. Através da denúncia, Marina Valente solicita também o afastamento da diretora até que as investigações sejam concluídas.

Foto: Vinícius Schmitd

No documento apresentado, a mãe enfatiza que os gritos da professora eram tão altos que mais pessoas na instituição de ensino devem tê-los ouvido. "O volume dos gritos era tão elevado que o gravador conseguiu captá-los de maneira cristalina, mesmo estando dentro de uma capinha, enrolado em um casaco acolchoado e guardado dentro do zíper da mochila. Considerando o ambiente relativamente silencioso da escola e o tom alto dos gritos proferidos pela professora, é inacreditável que outras pessoas que trabalham na escola nunca tenham ouvido ou testemunhado nada", afirma a denúncia.

A atitude corajosa de Marina Valente em denunciar a omissão da diretora da escola demonstra seu compromisso em buscar justiça e proteção para todas as crianças especiais que foram vítimas de humilhação. O caso, que veio à tona após a divulgação dos áudios pelo Metrópoles, continua a despertar indignação na sociedade e reforça a importância de um ambiente escolar seguro e respeitoso para todos os estudantes. A mãe denunciante espera que as autoridades competentes tomem medidas rigorosas e que a diretora seja afastada até que todas as investigações sejam concluídas, garantindo assim a integridade física e emocional de todas as crianças da escola.

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