Aumento alarmante: Araguaína registra mais de 400 acidentes com animais peçonhentos; saiba como se proteger dentro de casa
Alta incidência de picadas coloca a população em alerta e exige medidas de prevenção eficazes
A cidade de Araguaína, no norte do estado, está enfrentando uma preocupante alta no número de acidentes envolvendo animais peçonhentos. No ano passado, foram registrados 303 casos, sendo que 147 deles foram causados por escorpiões. Com o início da estiagem e as altas temperaturas, esses animais buscam abrigo nos quintais e até mesmo dentro das casas, aumentando os riscos de picadas em seres humanos. Neste ano, os registros já ultrapassaram a marca de 475 pessoas afetadas por acidentes com animais peçonhentos no município, somente no período de janeiro a junho de 2023. Entre esses casos, 90 foram de ataques por escorpiões, enquanto os demais envolveram serpentes, abelhas e até arraias.
Os animais peçonhentos costumam se esconder em entulhos, terrenos baldios, pilhas de madeira, telhas e outros locais para escapar do calor intenso. Diante desse aumento preocupante nos acidentes, a Saúde Municipal de Araguaína oferece algumas dicas importantes para que a população evite ataques:
- - Manter jardins e quintais limpos;
- - Evitar acúmulo de entulhos e lixo doméstico;
- - Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
- - Vedar soleiras de portas e janelas;
- - Utilizar telas em ralos de chão, pias e tanques, além de combater a proliferação de insetos, que são o principal alimento dos escorpiões.
É fundamental que os moradores tenham cuidado ao lidar com animais peçonhentos de pequeno porte dentro de casa, como escorpiões e aranhas. No entanto, no caso de cobras, é recomendado chamar os bombeiros (193) ou a Polícia Militar Ambiental (190) para fazer a remoção do animal com segurança, pois essas equipes possuem equipamentos especializados. Em casos de picadas, a prefeitura orienta que a vítima procure a unidade de saúde mais próxima para receber os cuidados necessários. Além das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a população pode contar com o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) para receber atendimento adequado.
"Apesar da maioria dos acidentes serem leves ou moderados, é importante ressaltar que o diagnóstico precoce e o tempo decorrido entre a picada e o atendimento hospitalar têm um grande impacto na recuperação positiva do paciente", explicou a médica veterinária Luciana Coelho Gomes.
Diante desse cenário preocupante, é crucial que a população esteja consciente dos riscos e adote medidas preventivas em suas residências. A colaboração de todos é essencial para garantir a segurança e o bem-estar da comunidade, especialmente durante esse período de maior incidência de animais peçonhentos.