Advogado Condenado a Mais de 22 Anos de Prisão por Fraudes que Prejudicaram Clientes em R$ 500 mil

Crimes cometidos na região do Bico do Papagaio entre 2015 e 2018 resultam em sentença da Vara Criminal de Augustinópolis; advogado teve exercício da advocacia suspenso.

Foto: TJ/TO

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A justiça não tolera a traição da confiança, e o caso do advogado Roberto Almeida Ferreira é um exemplo vívido disso. Numa reviravolta impressionante, Ferreira foi condenado a uma pena severa de mais de 22 anos de prisão por uma série de crimes que envolvem a enganação de clientes e o desvio de mais de meio milhão de reais. Os delitos ocorreram entre os anos de 2015 e 2018, na região do Bico do Papagaio, deixando um rastro de vítimas prejudicadas e indignadas.

A sentença foi proferida pela Vara Criminal de Augustinópolis, mas vale ressaltar que ainda existe a possibilidade de recurso. No auge de sua atuação criminosa, a Polícia Civil identificou um total de 20 vítimas e cerca de 60 ações judiciais relacionadas a contestações de empréstimos consignados, todas patrocinadas pelo próprio advogado. O que torna essa história ainda mais amarga é que a maioria das vítimas era composta por idosos e pessoas com níveis de instrução limitados.

As investigações revelaram que, quando o advogado obtinha êxito nos processos, ele traía a confiança de suas vítimas para se apropriar da maior parte dos valores conquistados legalmente. Em 2018, a Justiça tomou medidas drásticas, bloqueando os bens do réu e suspendendo o exercício de sua advocacia durante o inquérito.

As cifras sombrias que surgiram durante as investigações são alarmantes: R$ 676.692,89 em movimentações relacionadas aos processos, enquanto apenas R$ 172.800,00 foram repassados às vítimas que, de boa fé, confiaram no profissional da lei.

A decisão da justiça foi incisiva: Roberto Almeida Ferreira recebeu uma sentença de 22 anos e dois meses de prisão, inicialmente em regime fechado, pelos crimes de apropriação indébita. No entanto, a pena referente ao crime de falsificação foi substituída por medidas de restrição de direitos.

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