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Pesquisa diz que pandemia tornou 80% das mulheres mais ansiosas e que 70% das empreendedoras aponta que dupla jornada prejudica a vida

Dados apontam que para mulheres casadas é mais difícil e desafiador conciliar a maternidade e a vida profissional neste contexto da crise sanitária.

Por Fernanda Cappellesso

27/07/2021 às 11:25:54 - Atualizado há

O mapeamento 'Ser Mulher: a saúde da mente delas', realizado entre março e maio de 2021 com 809 mulheres de diferentes faixas etárias e regiões do país, investigou o impacto do isolamento social no cotidiano feminino. O levantamento, conduzido pela NOZ Pesquisa e Inteligência em parceria com o Instituto Bem do Estar e que contou com o apoio da organização PHI (Philantropia Inteligente), identificou que 81% das entrevistadas afirmaram ser muito difícil e desafiador conciliar a maternidade e a vida profissional neste contexto da crise sanitária. Quando a pergunta foi feita para mulheres casadas o índice subiu para 86%. Na análise dos sentimentos, 84% estão excessivamente preocupadas e 65% estão sem ânimo para atividades. A culpa excessiva é constante para 45% das participantes da pesquisa.

Quando questionadas se o tema violência doméstica, seja física ou psicológica, afeta o seu cotidiano, 44% das mulheres responderam que são afetadas ou muito afetadas pela temática; 64% das mulheres divorciadas afirmaram que a violência doméstica já afetou suas vidas; 49% das mulheres com filhos afirmaram que a violência doméstica já as impactou. O percentual é de 38% para as que não possuem filhos e de 52% para as que não estão atuando profissionalmente.

Quando convidadas a avaliar o impacto de serem ou não reconhecidas pelo que fazem profissionalmente, 72% das mulheres responderam que se sentem afetadas ou muito e apenas 17% responderam que essa valorização (ou falta dela) as afeta pouco; 12% reportaram que não são afetadas.

Sobre discriminação de gênero, 55 % das entrevistadas responderam que se sentem afetadas ou muito afetadas pela discriminação de gênero; 18%, disseram que são pouco afetas e 27%, disseram que não se sentem afetadas. Quando ao assunto é assédio moral, 64% das entrevistadas disse que o assédio moral afeta a saúde da mente; 17% disseram que não afeta e 19% dissera que afetas pouco.

Questionadas dobre a dupla jornada, que aquela que une profissional e a doméstica, 65% das entrevistadas, disseram acreditar que impacto da dupla jornada afeta muito na na saúde da mente; 14% disseram não ser fetadas e 21% responderam que são um pouco afetadas. Entre as entrevistadas, 72% das mulheres casadas afirmaram que a dupla jornada afeta suas vidas. O número é de 55% para as solteiras. O percentual sobe para 73% entre as mulheres com filhos. Entre as mulheres que não possuem filhos o índice é de 54%. Um dado interessante mostrado pela pesquisa é que 70% das empreendedoras afirmaram que a dupla jornada afeta suas vidas.

Quando o assunto questionado foi maternidade no ambiente de trabalho, 51% das entrevistadas afirmaram que se sentem afetadas ou muito afetadas pelo apoio à maternidade que recebem (ou não) no ambiente profissional. 37% delas não se sentem afetadas; e 13% reportaram que o tema as afeta pouco. Sobre a remuneração, 66% das mulheres afirmaram que remuneração afeta a saúde da mente; 19% responderam que afeta pouco; e 15% reportaram que não são afetadas pelo tema.




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