O Instituto DataSenado, em parceria com acadêmicos dos Departamentos de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade de Pittsburg, promoveu pesquisa para saber como o cidadão brasileiro percebe as relações entre os grupos sociais que defendem interesses legítimos e o Congresso Nacional e como ele avalia a necessidade de regulamentação das atividades de lobby no país.
Nas quatro categorias pesquisadas: sindicatos, grupos em geral, empresas e ONGs, os percentuais a favor da regulamentação do lobby foram semelhantes como explica o Estatístico e Coordenador do DataSenado, Marcos Ruben de Oliveira: a pesquisa perguntou para a sociedade se o contato entre grupos em geral e parlamentares deve ser regulamentado, se sindicatos, se empresas e também se organizações não governamentais devem ter esse contato com o poder público regulamentado.
E para todos, a aprovação foi maciça, na ordem de 70%. Ou seja, pelo menos 70% dos brasileiros eles querem que esses contatos sejam públicos, sejam registrados, que eles sejam transparentes de maneira que a sociedade possa fazer o controle social. A pesquisa ocorreu dos dias 28 de abril a 4 de maio de 2021, e foram entrevistados 3 mil brasileiros com 16 anos ou mais.
Marcos Ruben de Oliveira informa que a pesquisa também mostrou quais setores são percebidos pelos brasileiros como os que possuem maior influência no parlamento: A maioria, 76% acreditam que o setor de agronegócio tem uma forte influência no parlamento. 68% acreditam que o setor bancário tem uma forte influência; 63% acreditam que comércio e serviço têm uma forte influência e 57% acreditam que a indústria têm uma forte influência no parlamento.
Na opinião dos brasileiros, por outro lado, apenas 43% acreditam que sindicatos tenham uma grande influência e 36% acreditam que os brasileiros, em si, o cidadão, tenham uma grande influência. Ainda conforme a pesquisa, para 59% dos cidadãos brasileiros a atividade de fazer lobby é uma boa atividade para o país. O relatório completo pode ser acessado em www.senado.leg.br/datasenado. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro