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Babaçu: Conheça essa riqueza abundante no Bico do Papagaio

Situada no extremo-norte do Estado, a região do Bico do Papagaio é a área de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica, onde é abundante o côco babaçu.

Por GG Notícias

22/10/2021 às 15:00:00 - Atualizado há

O babaçu, também conhecido como baguaçu, coco-de-macaco e, na língua tupi, uauaçu, é uma nobre palmeira nativa da região Norte e das áreas de Cerrado. Encontra-se em formações conhecidas como babaçuais, que cobrem cerca de 196 mil km² no território brasileiro, com ocorrência concentrada nos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí.


A árvore pode atingir de 10 a 30 metros de altura e suas grandes folhas podem chegar a oito metros de comprimento. Cada palmeira pode apresentar entre três a cinco longos cachos de flores amareladas. O pico de ?orescimento acontece entre janeiro e abril e os frutos amadurecem entre agosto e dezembro. Cada cacho, por sua vez, pode produzir de 300 a 500 cocos.


Do babaçu, nada se perde. Da palha, cestos. Das folhas, o teto das casas. Da casca, carvão. Do caule, adubo. Das amêndoas, óleo, sabão e leite de coco. E uma farinha nutritiva é extraída do bagaço.

O tempo que o cacho com os cocos leva para cair é de exatos 9 meses. E é quando caem que entram em ação as quebradeiras de coco babaçu, grupo de cerca de 300 mil mulheres espalhadas em comunidades camponesas do Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará, em uma área de convergência entre o Cerrado, a Caatinga e a Floresta Amazônica, especialmente rica em babaçuais. Há gerações essa tem sido a rotina dessas trabalhadoras: passar o dia coletando os cocos e quebrando-os ao meio para extrair sobretudo suas amêndoas, da qual se produz um dos óleos mais versáteis da natureza.


De violências sofridas durante décadas por essas mulheres, e resultado da sua ampla organização, foi criada a Lei Babaçu Livre, implantada pela primeira vez em 1997 no município maranhense de Lago do Junco. Outros municípios seguiram o exemplo e o Tocantins aprovou a lei em nível estadual.


No Tocantins atual, essas mulheres formam uma associação que trabalha a palmeira na forma de artesanato, produzindo peças únicas e cobiçadas em todo o Brasil. Essas mulheres, chamadas de "quebradeiras de coco da palmatuba" incentivaram a produção desse artesanato em diversas partes do Brasil, e hoje as peças de decoração ou acessórios pessoais são reconhecidos mundialmente por sua beleza e sustentabilidade.


Vale a pena conhecer a história e cultura do nosso estado né? Tantas riquezas que temos, é de encher os olhos. Boa sexta feira a todos!!!

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