Internacional COP26:

Ministros das Finanças de todo o mundo se reúnem para discutir como financiamentos públicos e privados podem levar a um mundo resiliente ao clima e com neutralidade de emissões

Anúncio na Cúpula de Líderes Mundiais de US$ 8,5 bilhões para ajudar a África do Sul a fazer sua transição para a energia limpa lidera os compromissos financeiros para a mitigação das mudanças climáticas

Por Assessoria de Imprensa

04/11/2021 às 12:24:00 - Atualizado há

Demonstrando os benefícios diretos do que o financiamento público do clima pode alcançar, líderes da África do Sul, Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha e União Europeia anunciaram ontem (2) uma parceria inovadora para apoiar a África do Sul com uma transição energética acelerada. Hoje (3), 36 países saudaram o anúncio de um novo organismo internacional para garantir padrões comuns para avaliação de risco climático e orientação de investimentos em áreas mais sustentáveis: o International Sustainability Standards Board (ISSB).


"Para cumprir os compromissos assumidos no Acordo de Paris e manter o objetivo de 1,5°C vivo, precisamos que os países desenvolvidos invistam em financiamento público e disponibilizem os trilhões necessários no investimento privado para criar um futuro de neutro em emissões e proteger vidas e meios de subsistência dos efeitos devastadores das mudanças climáticas", disse o Presidente da COP26 Alok Sharma.


A parceria internacional para acelerar a transição energética da África do Sul anunciou que US$ 8,5 bilhões podem ser disponibilizados nos próximos 3 a 5 anos para apoiar o país – o maior produtor de eletricidade baseada em carbono do mundo – na meta de redução de emissões mais ambiciosa dentro de sua atualizada Contribuição Nacionalmente Determinada.


Além disso, a Presidência do Reino Unido saúda também o alinhamento de US$ 130 trilhões em financiamento privado para metas de neutralidade de emissões baseadas em ciência e marcos de curto prazo, através da Aliança Financeira de Glasgow para a Neutralidade de Emissões (GFANZ). Os membros da GFANZ são obrigados a estabelecer metas robustas e baseadas em ciência dentro de 12-18 meses de adesão, e mais de 90 das instituições fundadoras já o fizeram. Um dos principais focos da GFANZ é apoiar países em desenvolvimento e mercados emergentes.


Sob a presidência do Reino Unido, que deu destaque ao financiamento na programação da COP, vários países já assumiram novos compromissos de aumentar as finanças para apoiar os países em desenvolvimento na adaptação aos impactos das mudanças climáticas. Dentre eles, a Noruega se comprometeu a triplicar seu financiamento à adaptação, Japão e Austrália, a dobrar e os Estados Unidos, Canadá e Suíça se comprometeram com o Fundo de Adaptação.


Novos compromissos para o financiamento climático também vieram do Reino Unido, Espanha, Japão, Austrália, Noruega, Irlanda e Luxemburgo, que se baseiam no plano estabelecido antes da COP26 para entregar os US$ 100 bilhões por ano aos países em desenvolvimento. Para combater as dificuldades que muitos países enfrentam com a burocracia de garantir investimentos climáticos, 100 milhões de libras em novos financiamentos do Reino Unido foram anunciados hoje para apoiar a abordagem da Força Tarefa sobre o Acesso às Finanças Climáticas, copresidida pelo Reino Unido e Fiji.


O chanceler britânico também anunciou planos para alinhar o centro financeiro do Reino Unido à neutralidade de emissões. De acordo com as propostas, haverá novos requisitos para que as instituições financeiras do Reino Unido e as empresas listadas publiquem planos de transição para a neutralidade de emissões que detalham como eles se adaptarão e se descarbonizarão à medida que o Reino Unido se move para uma economia neutra em emissões até 2050.


Outros compromissos são esperados nos próximos dias, inclusive para adaptação às mudanças climáticas. A COP também verá o lançamento de discussões sobre uma nova meta financeira global para substituir a meta de US$ 100 bilhões a partir de 2025.


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