Consumo de álcool e tabaco aumenta riscos de câncer do esôfago, alerta médico da Unifesp
O oncologista Ramon de Mello explica que o tumor é mais comum entre os homens
O consumo excessivo de tabaco e álcool já coloca o câncer de esôfago como o oitavo mais frequente no mundo. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), a sua incidência é duas vezes maior entre os homens em comparação com o público feminino.
"O consumo de álcool e cigarro está no topo da lista daquilo que deve ser eliminado para prevenir a doença. Porém, outros fatores contribuem para a doença como a obesidade e a ingestão frequente de alimentos ultraprocessados como presunto, salsicha, entre outros", explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (chefe do laboratório de melanoma), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
O paciente pode não apresentar sintomas da doença no seu início, mas a sua progressão traz alguns indícios como dificuldade de engolir, refluxo, dor na parte alta do abdômen e perda de peso. "As pessoas obesas têm mais propensão ao refluxo gastroesofagiano. Por isso, é importante tratar esse refluxo e fazer um acompanhamento médico", esclarece o pesquisador da Unifesp.
Ramon de Mello orienta os pacientes para eliminar definitivamente o consumo de cigarro e o álcool deve ser ingerido com muita moderação: "Uma dieta saudável, rica em frutas e vegetais, e a eliminação de alimentos ultraprocessados, é outra dica". "As festas de final de ano estão chegando e e elas são um convite para aproveitar as delícias dessa época do ano. É importante ter um equilíbrio no consumo", afirma o oncologista.