Ainda de acordo com o alerta, as perspectivas climáticas indicam que nos próximos meses haverá o perÃodo de menor volume de chuvas na região central do paÃs. "A previsão indica para o perÃodo junho-julho-agosto/2021 a mesma tendência, ou seja, pouco volume de chuva na maior parte da bacia do Rio Paraná. Essa previsão é consistente com a de outros centros internacionais de previsão climática", diz a nota.
Em maio, por exemplo, o acumulado parcial de precipitação foi de 27 milÃmetros para a bacia, abaixo do acumulado climatológico de 98 milÃmetros para o mesmo perÃodo.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME), se reuniu nesta quinta-feira (27), em caráter extraordinário, para avaliar as condições de suprimento energético ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Conforme destaca o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as chuvas permanecem abaixo dos valores médios históricos, resultando nos piores montantes verificados para o SIN no perÃodo de setembro do ano passado a maio deste em 91 anos de registros.
Por causa dessa situação, o CMSE decidiu implementar flexibilizações das restrições hidráulicas relativas às usinas hidrelétricas Jupiá, Porto Primavera, Ilha Solteira, Três Irmãos, Xingó, Furnas e Mascarenhas de Moraes.
"Ressalta-se que as iniciativas relativas à flexibilização de restrições hidráulicas de empreendimentos localizados nas bacias dos rios Grande e Paraná visam a mitigar o risco da perda do controle hÃdrico na bacia do rio Paraná. Portanto, para além de questões energéticas, o intuito das medidas é garantir a devida governabilidade das cascatas hidráulicas, inclusive quanto à preservação do uso da água, ao longo do perÃodo seco de 2021", informou o colegiado em nota.
O CMSE também vai recomendar à ANA que seja reconhecida a situação de escassez hÃdrica na Bacia do Rio Paraná. As propostas deliberadas ainda precisam ser avaliadas pelo Conselho Nacional de PolÃtica Energética (CNPE).