Como mais um resultado da Operação Tolerância Zero, do Governo do Estado, a PolĂcia Civil do Tocantins (PC-TO), por intermédio da Divisão de HomicĂdios e Proteção à Pessoa (DHPP-Palmas), prendeu na manhã desta sexta-feira, 3, um dos membros da facção responsĂĄvel por executar o casal de namorados Victor Iury Gomes de Almeida Sabbag e Luana Soares Azevedo. O crime ocorreu na noite de Natal do ano passado e os corpos foram encontrados na madrugada do dia 25 em uma estrada vicinal, às margens da Rodovia TO 030, que liga Taquaralto ao Distrito de Taquaruçu.
O homem estĂĄ preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) e, segundo o delegado da DHPP Eduardo Menezes, trata-se de um indivĂduo de alta periculosidade. "Além do homicĂdio do casal, esse homem é suspeito de ter praticado outros trĂȘs homicĂdios no mĂȘs de fevereiro, em Palmas, em briga entre facções. Trata-se de uma pessoa de alta periculosidade, sendo um dos homens escalados pela facção para matar. Essa é uma prisão de grande importância que, sem dĂșvidas, vai impactar na ocorrĂȘncia de homicĂdios na Capital", destacou o delegado.
As investigações sobre o assassinato do casal tiveram inĂcio com o acesso ao material que havia na bolsa de Luana, encontrada no local do crime. Dentre documentos, cartões de banco e objetos de natureza pessoal, havia a chave de um hotel de Palmas. Os investigadores descobriram que Luana e Victor saĂram da cidade de Cristalândia, municĂpio onde residiam, na tarde do dia 24 de dezembro, chegando a Palmas por volta das 20 horas.
Motivação
De acordo com o delegado Eduardo Menezes, Victor, enquanto membro de uma organização criminosa da cidade de Cristalândia, tentou matar um integrante da facção rival na cidade. Temendo uma represĂĄlia, junto com a namorada, fugiu para Palmas na véspera de Natal. "Ocorre que a facção inimiga descobriu essa tentativa de abrigo na capital. A estratégia utilizada pelos criminosos para chegar até Vitor foi recrutar um jovem próximo à vĂtima com a missão de fazĂȘ-lo acreditar que iria a uma festa, quando na verdade iria a um ponto de venda de drogas da facção com pessoas o aguardando para matĂĄ-lo", contou o delegado.
Para fazer Vitor acreditar que realmente iria a uma festa, o homem chega a levar a vĂtima a uma distribuidora de bebidas para comprar cerveja. Da distribuidora, Victor e Luana, são levados para a boca de fumo e, lĂĄ, são sequestrados por dois membros da facção rival e levados até uma região de mata próxima ao Distrito de Taquaruçu, onde são executados.
Sara Cardoso/Governo do Tocantins