Operação Fauda: Polícia Civil desmantela grupo de traficantes que movimentou R$ 18 milhões em um ano

Nesta quarta-feira (14), a Polícia Civil deflagrou a Operação Fauda, cumprindo oito mandados de prisão preventiva e realizando 15 ordens de busca e apreensão, em uma ação contra um grupo de traficantes que teria movimentado aproximadamente R$ 18 milhões em apenas um ano. A investigação revelou que essa organização criminosa era responsável pela distribuição de drogas em todo o estado do Tocantins. Além das prisões previamente determinadas, outras quatro pessoas foram presas em flagrante durante a operação.

Os alvos da operação foram localizados em Paraíso do Tocantins, Monte do Carmo, Porto Nacional e Palmas. Durante as diligências, um imóvel rural em Monte do Carmo, na região central do estado, revelou-se um depósito e laboratório de drogas e derivados de cocaína. No local, as autoridades encontraram cerca de 100 kg de entorpecentes, além de 50 kg de compostos químicos utilizados na produção das drogas, armas de fogo, uma prensa hidráulica para refinamento de cocaína e balanças de precisão.

Em outros locais de busca, foram apreendidos aproximadamente R$ 17 mil em dinheiro, máquinas de cartão de crédito, armas de fogo, munições, três veículos e duas motocicletas. A operação contou com a participação de diferentes grupos e delegacias da Polícia Civil do estado, fortalecendo o combate ao crime organizado.

A investigação que culminou na Operação Fauda teve início em 2022, conduzida pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Paraíso do Tocantins). Na época, a polícia identificou um núcleo de distribuição de drogas em Paraíso, que também contava com membros em Porto Nacional. O grupo adquiria entorpecentes em outros estados e os transportava para o Tocantins. Ao longo do trabalho investigativo, as autoridades conseguiram rastrear transferências e identificar os principais envolvidos nesse esquema criminoso.

A estrutura da organização contava com membros responsáveis pelo armazenamento, depósito, refino e distribuição de drogas para traficantes locais. Parte das drogas também era enviada para cidades do Pará e Maranhão. Segundo a polícia, o grupo utilizava intermediários e empresas de fachada para lavagem de dinheiro, além de realizar transferências bancárias fraudulentas, utilizando "laranjas" para dar aparência de legalidade às transações.

Além das acusações relacionadas ao tráfico de drogas, alguns membros do grupo também são suspeitos de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e de integrarem uma organização criminosa.

A escolha do nome "Fauda" para a operação tem um significado importante, já que essa palavra, em árabe, significa "caos". A polícia justifica que o objetivo dessa operação é provocar o caos nas estruturas da criminalidade organizada, principalmente no que diz respeito ao esquema de tráfico de drogas no estado do Tocantins.