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Agronegócio

Lula enfatiza: "Não trabalho para agradar o agronegócio" em entrevista a rádios goianas

Presidente destaca que o agronegócio tem questões ideológicas com o governo e ressalta a importância da preservação ambiental e do acordo Mercosul-UE


Reprodução

Em uma entrevista abrangente a um pool de rádios goianas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi questionado sobre sua relação com o agronegócio e deixou claro que seu trabalho não se baseia em agradar setores específicos. Lula enfatizou que sua missão é criar condições melhores para todos os brasileiros, incluindo o agronegócio, que desempenhou um papel fundamental no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano. O setor, que apoiou majoritariamente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, enfrenta questões ideológicas com o atual governo.

"Eu não trabalho assim em relação ao agronegócio. Não trabalho tentando agradar um setor ou outro, porque, se assim fosse, enlouqueceríamos. O Brasil é composto por milhares de setores diferentes. Meu objetivo é criar condições melhores para os 215 milhões de brasileiros, incluindo o agronegócio", afirmou Lula.

Durante a entrevista, o ex-presidente destacou que o desafio do agronegócio com o governo é fundamentalmente ideológico e não está relacionado a questões financeiras, como investimentos adicionais no Plano Safra. Lula reafirmou o compromisso de fortalecer a agricultura brasileira e garantir o aumento contínuo das exportações. Ele também ressaltou a importância de uma abordagem mais rigorosa em relação à preservação ambiental, em que o agronegócio tem uma responsabilidade significativa. Segundo Lula, a agenda ambiental está diretamente ligada às exportações e às negociações internacionais.

"Os produtores rurais, pessoas sérias que dependem da produção e exportação, sabem que é prejudicial aos seus negócios a ocorrência de incêndios descontrolados, invasões de terras onde não devemos entrar e poluição de rios. Precisamos retomar a preservação ambiental de forma mais rígida", enfatizou Lula.

Além disso, o presidente abordou as negociações em andamento para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que poderá estabelecer uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Lula mencionou que o parlamento francês se opõe à ratificação do acordo devido à preocupação com o uso excessivo de pesticidas nos produtos agrícolas brasileiros. Ele ressaltou a importância de adotar uma abordagem racional e garantir a qualidade da agricultura, pois isso se torna uma necessidade competitiva para o Brasil em relação a parceiros-chave, como China, França, Estados Unidos e Alemanha.

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