O ex-deputado federal Roberto Jefferson enfrenta mais uma decisão contrária do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma recente determinação, Moraes negou o pedido da defesa de Jefferson para que sua esposa, Ana Lúcia Novaes, pudesse acompanhá-lo de forma integral durante o tratamento hospitalar.
A solicitação da defesa alegava que os problemas de saúde e a idade avançada de Jefferson justificavam a presença constante da esposa ao seu lado no hospital. Entretanto, Moraes rejeitou o pedido, afirmando que, aos olhos da lei, mesmo em tratamento hospitalar, o ex-deputado continua sendo considerado um presidiário.
Roberto Jefferson, de 70 anos, apresenta quadros de desnutrição, desorientação e crises convulsivas, e sua saúde vem preocupando os médicos. Em 4 de junho, ele foi transferido para o Hospital Samaritano de Botafogo, no Rio de Janeiro, por ordem de Moraes, que também determinou sua prisão em outubro de 2022. Laudos médicos apontam suspeita de tumores (câncer) em seu corpo.
Apesar da negativa, Moraes assegurou que Jefferson poderá seguir as regras impostas aos demais presos preventivos, incluindo as visitas do cônjuge em dias determinados e a liberdade de contratar um médico pessoal para orientar e acompanhar o tratamento. Vale ressaltar que, durante a prisão em outubro do ano passado, Jefferson reagiu de forma agressiva, chegando a disparar contra veículos da Polícia Federal antes de ser detido.
Dessa forma, o ex-deputado permanecerá sob um regime prisional restrito, conforme a determinação de Moraes, que considerou o descumprimento de medidas restritivas como justificativa para a prisão preventiva. A situação de Jefferson continua sendo acompanhada de perto, e sua esposa terá acesso limitado durante sua internação, respeitando as diretrizes estabelecidas pelo STF.