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Tragédia em colégio do Paraná: Morre segundo estudante vítima de assassino, deixando comunidade escolar em choque

Luan Augusto, de 16 anos, não resistiu aos ferimentos após ataque no Colégio Estadual Helena Kolody. Família autoriza doação de órgãos e cidade vive clima de luto.

Por Redação

20/06/2023 às 10:59:42 - Atualizado há
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma tragédia abalou a cidade de Cambé, no Paraná, quando um ex-aluno invadiu o Colégio Estadual Helena Kolody, resultando na morte de dois estudantes e deixando a comunidade escolar em estado de choque. Infelizmente, na madrugada desta terça-feira (20), o estudante Luan Augusto, de apenas 16 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital Universitário de Londrina (HU). Sua namorada, Karoline Verri Alves, também foi vítima fatal do ataque. O assassino, um jovem de 21 anos, encontra-se preso.

Luan Augusto foi atingido por tiros na cabeça após o agressor entrar no colégio sob o pretexto de solicitar documentos. Ele estava internado em estado grave, em coma e sob cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Infelizmente, por volta das 3h15, o jovem não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. A família de Luan autorizou a doação de seus órgãos, um gesto de amor e solidariedade em meio à tragédia.

A namorada de Luan, Karoline Verri Alves, de apenas 17 anos, também foi vítima do ataque. Ela foi atingida por um tiro na cabeça e faleceu no local. Seu corpo está sendo velado nesta terça-feira (20), aumentando a dor e a comoção na comunidade escolar.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O assassino, que já está preso, afirmou à polícia que escolheu suas vítimas aleatoriamente. Ele efetuou pelo menos 16 disparos dentro do colégio, espalhando o terror entre os estudantes e funcionários presentes. O ataque deixou marcas profundas na comunidade escolar de Cambé.

Relatos de alunos presentes no momento do ataque revelam cenas de terror e desespero. Alguns estudantes se esconderam na sala dos professores para evitar o agressor, enquanto outros conseguiram escapar, porém, não sem antes serem ameaçados pelo atirador. A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local rapidamente, apreendendo o assassino e confiscando uma machadinha, carregadores de revólver e a arma utilizada no crime.

As autoridades informaram que o agressor não conhecia as vítimas e que está sendo investigado por homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Além disso, foi encontrado um caderno com anotações sobre ataques em escolas, incluindo o trágico episódio ocorrido em Suzano, São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, a família do agressor relatou que ele é esquizofrênico e está em tratamento para a doença.

A tragédia em Cambé chama a atenção para a questão da violência nas escolas no Brasil. De acordo com estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o país registrou 31 ataques com violência extrema a escolas nos últimos 20 anos, resultando na morte de 36 pessoas, entre estudantes, professores e atiradores que cometeram suicídio. Infelizmente, esses números ainda não incluem o caso ocorrido no Colégio Estadual Helena Kolody.

Foto: Kathulin Tanan

Diante dessa terrível tragédia, o governador do Paraná, Ratinho Junior, decretou luto de três dias no estado e expressou seu pesar pelo ocorrido. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentou o ataque e ressaltou a importância de construir um caminho para a paz nas escolas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, enfatizou que o Brasil vive uma realidade preocupante, na qual a violência parece estar cada vez mais presente na vida dos jovens.

Neste momento de imensa dor, a Prefeitura de Cambé manifestou solidariedade às famílias das vítimas e se colocou à disposição para prestar todo o apoio necessário. A cidade enfrenta um clima de luto e tristeza, refletindo a profunda ferida deixada por essa tragédia que abalou a comunidade escolar e toda a região.

É urgente que a sociedade, as autoridades e os pais se unam na busca por soluções efetivas para prevenir a violência nas escolas, garantindo um ambiente seguro e acolhedor para os estudantes. A vida de jovens promissores não pode ser interrompida de forma tão brutal, e é responsabilidade de todos zelar pelo bem-estar e pela proteção de nossas crianças e adolescentes.

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