Nesta terça-feira, 20, um júri popular em Palmas chegou ao fim após mais de 14 horas de deliberação e anunciou a condenação de um jovem de 19 anos. Ele foi sentenciado a seis anos e seis meses de prisão pelos crimes de associação criminosa qualificada e instigação ao suicídio. O caso remonta a janeiro de 2022, quando o suspeito planejou ataques em escolas da cidade.
Segundo a denúncia, o jovem convenceu e estimulou outros adolescentes a cometerem suicídio, estabelecendo um perturbador "pacto de morte" com eles. Embora tenha envolvido dois adolescentes no plano, o acusado foi absolvido do crime de corrupção de menores. Durante o julgamento, foram ouvidas seis testemunhas, incluindo os adolescentes envolvidos e os policiais responsáveis pela investigação.
O jovem já estava detido na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) desde a época do crime, aguardando o desfecho do julgamento. Vale ressaltar que, caso o plano tivesse sido colocado em prática, a pena aplicada poderia ser ainda mais severa, com um mínimo de 12 anos de prisão por homicídio qualificado.
A condenação do jovem foi baseada nos crimes de induzimento ou instigação ao suicídio, com a pena duplicada devido às vítimas serem menores de idade e por ter sido realizado por meio de redes sociais. Além disso, ele foi considerado culpado por associação criminosa, envolvendo adolescentes na prática de crimes hediondos, e por corrupção de menores.
Relembrando o caso, em 31 de janeiro de 2022, a Polícia Civil prendeu o jovem de 18 anos e apreendeu dois adolescentes sob suspeita de planejarem ataques em escolas da capital. O grupo foi descoberto após ameaças publicadas na internet, o que levou às investigações conduzidas pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), com o apoio do Ministério Público do Tocantins (MPTO).