Na quinta-feira, 23 de novembro, a Polícia Civil do Tocantins deflagrou a segunda fase da Operação Gotham City, realizando o recambiamento de Luxúria, líder de uma facção criminosa carioca atuante no Tocantins. Luxúria, também conhecido como LX, estava preso no presídio de Mata Grande, em Rondonópolis (MT), desde 30 de agosto, quando foi detido por sua participação em um assalto na cidade de Cametá (PA), na modalidade novo cangaço.
A equipe da 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Palmas) realizou o translado do preso, cumprindo um mandado de prisão preventiva expedido contra Luxúria por seu envolvimento na onda de homicídios ocorrida no primeiro semestre do ano, agindo como mandante desses crimes. Após os procedimentos legais, Luxúria foi encaminhado para a Unidade Prisional de Palmas ainda na mesma quinta-feira, 19.
Em coletiva à imprensa no Palácio Araguaia nesta sexta-feira, 20, o delegado-geral Claudemir Luiz Ferreira, a cúpula da Polícia Civil do Tocantins e os delegados da 1ª DHPP apresentaram detalhes das investigações. Luxúria é considerado uma das maiores lideranças do crime organizado no Tocantins.
O mandado de prisão contra Luxúria está relacionado à suspeita de seu envolvimento na morte de Wesley Dias Carvalho, conhecido como Gringo, ocorrida em 3 de junho deste ano. Wesley foi morto enquanto trabalhava em um restaurante, sendo surpreendido por dois indivíduos em uma motocicleta.
As investigações apontam que Luxúria coordenava um plano de mortes como parte de uma disputa de poder entre facções. A morte de Dad Charada, outra liderança criminosa, também esteve vinculada a esse contexto. Desde a morte de Dad Charada, os policiais envolvidos nas investigações passaram a receber ameaças da facção liderada por Luxúria, o que resultou em escoltas tanto para os policiais quanto para seus familiares.
Apesar das ameaças, as investigações prosseguiram, levando à localização de Luxúria em Rondonópolis. A Polícia Civil reforçou o combate às organizações criminosas e destacou o trabalho integrado das forças de segurança do Estado.
Luxúria foi recambiado para o Tocantins para responder por seu envolvimento em atividades criminosas, sendo considerado uma resposta efetiva no combate ao crime organizado na região.