Pesquisa do IBGE revela que 19,5% dos jovens tocantinenses entre 15 e 29 anos não trabalhavam nem estudavam em 2022, representando uma redução de 20,5% em comparação a 2021.
Segundo dados da pesquisa "Síntese de Indicadores Sociais" (SIS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que 81 mil jovens tocantinenses, com idades entre 15 e 29 anos, estavam desocupados, sem estudar nem trabalhar em 2022. Esse número representa 19,5% da população nessa faixa etária. Apesar desse cenário, o estado do Tocantins demonstra uma queda significativa na taxa de desocupação entre os jovens, registrando uma redução de 20,5% em comparação a 2021, quando 102 mil jovens (26,6%) estavam nessa condição.
A pesquisa, baseada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2022, também aponta que a taxa de desocupação da população tocantinense com 14 anos ou mais de idade foi de 7,6% em 2022, representando o menor percentual dos últimos 10 anos. Esse índice contrasta com o ano de 2021, marcado pela pandemia de Covid-19, quando a taxa atingiu 14,2%.
O Tocantins também registrou alterações no mercado de trabalho, com uma redução no percentual de pessoas com vínculo empregatício, passando de 39,7% para 38,3%. Em contrapartida, houve um aumento na quantidade de trabalhadores sem carteira assinada e trabalhadores por conta própria, subindo de 52,9% para 56,6%, refletindo tendências nacionais.
A pesquisa evidencia que, em 2022, 53,3% dos trabalhadores tocantinenses estavam em ocupações informais, apresentando crescimento em relação ao ano anterior. Para a população preta ou parda, esse percentual estava acima da média, correspondendo a 55,6%.
No que diz respeito a rendimentos, a pesquisa destaca desigualdades. A população branca no estado ganhava, em média, R$3.579, valor que é 75% superior ao recebido pela população preta ou parda (R$ 2.040). Além disso, os homens (R$2.581) ganhavam 27% mais do que as mulheres (R$2.031), mas o rendimento médio das mulheres brancas (R$2.735) superava o dos homens pretos ou pardos (R$2.164).
No âmbito educacional, a pesquisa aponta que o Tocantins apresentou redução na taxa de pessoas de 25 anos ou mais sem instrução, alcançando 9,1%. No entanto, esse percentual ainda coloca o estado como o segundo maior na região Norte e o 10º no ranking nacional, ficando acima da média do Brasil (6,0%). Em contrapartida, o percentual da população nessa faixa etária com nível superior completo aumentou, passando de 12,2% em 2016 para 19,5% em 2022, posicionando o estado como o terceiro melhor resultado na região Norte e o 10º no Brasil.
Destaca-se também a taxa de frequência escolar de estudantes de 15 a 17 anos, que atingiu 95%, colocando o Tocantins como o estado com a maior taxa na região. Esse indicador tem demonstrado melhora ao longo dos anos.
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