Naturatins inicia ações para localizar espécies ameaçadas de extinção na região do Tocantins

O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), juntamente com pesquisadores de instituições públicas, deu início à primeira fase das atividades de localização de duas espécies ameaçadas de extinção, o lagarto ápoda sem patas (Bachia psamófila) e a lacraia (Scolopendropsis duplicata). A ação faz parte do Plano de Ação para Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção do Território Cerrado Tocantins (PAT Cerrado Tocantins), no âmbito do projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção. A pesquisa se estenderá até sexta-feira, 2, abrangendo a região de Luzimangues, em Porto Nacional, até Miracema do Tocantins. Diversas instituições, incluindo o Naturatins, a Unitins, a UFT, a UFMT, a UnB e o ICMBio, uniram forças para realizar essa importante tarefa.

Com o objetivo de conservar essas espécies ameaçadas, os pesquisadores irão explorar áreas semelhantes às que foram encontradas há mais de 20 anos. Além de preservar esses animais, a pesquisa também visa proteger os habitats onde eles vivem. O biólogo Oscar Vitorino, do Naturatins, ressalta a importância de conhecer as localidades em que essas espécies ocorrem para desenvolver ações de conservação e garantir sua sobrevivência.

O PAT Cerrado Tocantins abrange uma região de grande diversidade biológica, compreendendo 22 municípios e um território de mais de 37 mil km². A iniciativa faz parte do projeto Pró-Espécies, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), que busca adotar medidas para prevenir a extinção e melhorar o estado de conservação de espécies ameaçadas. Com o financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e a implementação do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), o projeto atua em 24 territórios em diversos estados brasileiros, incluindo o Tocantins, totalizando nove milhões de hectares.