Política Brasil

Gleisi Hoffmann ataca presidente do Banco Central, alegando interferência política na taxa de juros

Presidente do PT critica Roberto Campos Neto por supostamente buscar interditar o desenvolvimento do Brasil

Por Redação

07/06/2023 às 17:00:00 - Atualizado há
Reprodução

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, voltou a disparar críticas contundentes contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, chamando-o de "homem de Bolsonaro e Paulo Guedes". Campos Neto assumiu a presidência do BC durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a instituição tem a responsabilidade de determinar a taxa básica de juros, conhecida como Selic, como uma das medidas para controlar a inflação.

O comentário inflamado de Gleisi foi divulgado em suas redes sociais nesta quarta-feira (7/6), após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentar dados mostrando uma forte desaceleração da inflação oficial em maio, com um aumento de apenas 0,23% no mês. A inflação acumulada de maio, de 3,94%, é a menor registrada em três anos, desde outubro de 2020.

Ao comemorar os resultados positivos, Gleisi escreveu que a decisão sobre a taxa de juros é uma questão política. Além disso, ela alegou que Campos Neto está tentando "interditar o desenvolvimento do Brasil", insinuando que suas ações têm a intenção de prejudicar o crescimento econômico do país.

Em maio, o Banco Central optou por manter a Selic em 13,75%, a maior taxa em mais de seis anos. Essa decisão foi tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do qual Campos Neto faz parte. Para definir a taxa de juros, o comitê leva em consideração diversos elementos da economia, incluindo inflação, contas públicas, atividade econômica e cenário externo.

Após a reunião, o Copom divulgou um comunicado ressaltando que a decisão de manter a taxa exige paciência e serenidade.

"O Copom enfatiza que, embora seja um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não ocorra conforme o esperado", destacou trecho do comunicado.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 20 e 21 de junho.

Desde que assumiu a presidência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem pressionado pela redução dos juros.

As expectativas do mercado financeiro indicam uma redução marginal da Selic, com previsão de encerrar 2023 em 12,5% ao ano. No entanto, esse corte só é esperado para o segundo semestre do ano.

Enquanto isso, o mercado aumenta suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e prevê uma inflação mais baixa em 2023.

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