Política

CPMI do 8 de Janeiro: Governo busca adiar depoimento explosivo do general Dias

Parlamentares governistas recebem ordens para segurar depoimento do ex-chefe do GSI, enquanto governo tenta entender potencial explosivo de suas revelações

Por Redação

14/06/2023 às 10:55:44 - Atualizado há
Agência Brasil

No epicentro da conturbada CPMI do 8 de Janeiro, os parlamentares governistas estão lutando para evitar o depoimento do general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Essa ordem expressa revela a preocupação do governo em entender o potencial explosivo das revelações que o general pode trazer à tona. Com sua maioria numérica, os governistas conseguiram ganhar um fôlego temporário, adiando o depoimento para a próxima semana.

Enquanto o grupo liderado por Randolfe Rodrigues (AP) busca conquistar os holofotes e se posicionar como mais articulado e preparado para uma comissão dessa magnitude, o governo está focado em uma questão crucial: G.Dias, como é conhecido o ex-guarda-costas de Lula, saiu do governo "pela porta dos fundos", como afirmam os próprios deputados do centrão, que estão colaborando com o governo em troca de cargos e emendas parlamentares.

Ao adiar o depoimento de G.Dias, considerado inevitável e que terá de constar no relatório final da CPI, o governo espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) acelere o desfecho do caso 8 de janeiro na Corte. O ministro Alexandre de Moraes solicitou um prazo de 45 dias para compartilhar os inquéritos que estão sob sigilo no STF. Enquanto os parlamentares da base governista não têm acesso ao general, seu estado de espírito diante das novas evidências sobre a omissão de informações acerca dos ataques em Brasília permanece desconhecido.

Segundo relatos de um dos membros independentes da CPMI, o governo teme, mais do que a presença de "infiltrados", a possibilidade de ser responsabilizado por saber de tudo o que estava acontecendo e permitir que o caos se instalasse. Uma confissão nesse sentido seria combustível para um processo de impeachment. A nova revelação publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, de que G.Dias ordenou a omissão de dados enviados ao Congresso, pode encurtar o plano de blindagem do governo.

O embate político no Congresso continua enquanto o governo busca adiar o depoimento do general Dias, ciente do potencial explosivo que suas palavras podem trazer à tona. A população aguarda ansiosamente por respostas e pela transparência necessária para esclarecer os eventos ocorridos no 8 de janeiro. A CPMI segue seu curso, revelando cada vez mais detalhes de um momento delicado na história recente do país.

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