Marina Valente, mãe que gravou áudio de professora humilhando aluno com TEA, acusa diretora de ser omissa diante do ocorrido
A coragem de uma mãe em denunciar a humilhação sofrida por seu filho com transtorno do espectro autista (TEA) ganha um novo capítulo. Após a divulgação do áudio chocante no qual uma professora desrespeitava e humilhava crianças especiais, Marina Valente, a mãe que registrou os momentos de terror de seu filho, decidiu não se calar diante da omissão da diretora da Escola Classe (EC) nº 8 do Guará.
Para Marina Valente, de 34 anos, a diretora da escola pode ter sido omissa ao lidar com a situação, uma vez que, após tomar conhecimento do áudio, informou aos familiares que a professora em questão permaneceria na escola. A justificativa dada pela diretora foi que a professora continuaria frequentando normalmente a sala de aula, cabendo aos responsáveis pela criança decidir se a enviariam às aulas ou não, enquanto sugeriu que a criança fosse transferida para outra unidade de ensino.
No entanto, a mãe denunciante alega que a diretora omitiu essas informações das outras mães cujas crianças compartilhavam a mesma sala de aula de seu filho. Essas mães só teriam tido conhecimento da gravidade dos fatos por meio da imprensa. Através da denúncia, Marina Valente solicita também o afastamento da diretora até que as investigações sejam concluídas.
No documento apresentado, a mãe enfatiza que os gritos da professora eram tão altos que mais pessoas na instituição de ensino devem tê-los ouvido. "O volume dos gritos era tão elevado que o gravador conseguiu captá-los de maneira cristalina, mesmo estando dentro de uma capinha, enrolado em um casaco acolchoado e guardado dentro do zíper da mochila. Considerando o ambiente relativamente silencioso da escola e o tom alto dos gritos proferidos pela professora, é inacreditável que outras pessoas que trabalham na escola nunca tenham ouvido ou testemunhado nada", afirma a denúncia.
A atitude corajosa de Marina Valente em denunciar a omissão da diretora da escola demonstra seu compromisso em buscar justiça e proteção para todas as crianças especiais que foram vítimas de humilhação. O caso, que veio à tona após a divulgação dos áudios pelo Metrópoles, continua a despertar indignação na sociedade e reforça a importância de um ambiente escolar seguro e respeitoso para todos os estudantes. A mãe denunciante espera que as autoridades competentes tomem medidas rigorosas e que a diretora seja afastada até que todas as investigações sejam concluídas, garantindo assim a integridade física e emocional de todas as crianças da escola.