No competitivo mundo do mercado de trabalho, é comum encontrar currículos que destacam apenas experiências profissionais formais, muitas vezes deixando de lado tarefas domésticas e outros papéis importantes desempenhados pelas pessoas em suas vidas. No entanto, uma mulher indiana decidiu desafiar esse padrão e incluiu suas 13 anos de dedicação como dona de casa em seu CV, mostrando que o trabalho doméstico também é valioso e merece reconhecimento.
Desde 2009, ela se dedicou ao lar e à família, assumindo várias responsabilidades diárias que vão além do cotidiano doméstico, como ajudar seus dois filhos com os deveres de casa, projetos, crescimento e desenvolvimento geral. O currículo, que ressalta suas habilidades e comprometimento nessa função, foi compartilhado no LinkedIn pelo fundador da empresa de marketing de conteúdo Growthic, Yugansh Chokra, e rapidamente se tornou viral.
Chokra elogiou a iniciativa da mulher e enfatizou que administrar uma família é uma tarefa real e valiosa, que não deve ser subestimada ou deixada de lado nos currículos. Ele apontou que, na Índia, menos de 20% das mulheres trabalham profissionalmente, e que o trabalho doméstico ainda é frequentemente negligenciado. Além disso, as diferenças de gênero na participação do trabalho doméstico são mais acentuadas entre casais com filhos.
Diante desse cenário, destacar a experiência como dona de casa em um currículo representa um importante passo para valorizar essa função e reconhecer o esforço e dedicação envolvidos no gerenciamento de uma família. A iniciativa da mulher indiana recebeu apoio e elogios nas redes sociais, onde muitos usuários ressaltaram que administrar uma casa é um trabalho de tempo integral e que deve ser reconhecido como tal.
Mencionar o trabalho doméstico como uma experiência profissional é uma atitude digna de nota, refletindo a mentalidade aberta e progressista da pessoa em questão, que busca agregar valor qualitativo a algo que muitas vezes é marginalizado e considerado uma tarefa mínima pela sociedade. Essa postura pode incentivar a mudança de paradigmas e impulsionar a valorização do papel das donas de casa não apenas na esfera doméstica, mas também no contexto do mercado de trabalho.