Governo Lula ignorou protocolo de defesa em situação de risco ao Palácio do Planalto, revela documento do GSI
Documento sigiloso mostra que governo não acionou as diretrizes estipuladas para proteger o Palácio do Planalto em situações de risco
Um documento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República revelou que o governo Lula ignorou o protocolo de defesa que deveria ter sido acionado no dia 8 de Janeiro. O Plano Escudo, elevado ao grau de sigilo "secreto" após as depredações, determina os procedimentos que o GSI deve adotar em situações de risco ao Palácio do Planalto, e seu segredo foi estabelecido para 15 anos.
De acordo com a coluna Paulo Cappelli, que teve acesso ao protocolo, as diretrizes estipuladas pelo Plano Escudo foram negligenciadas pelo governo na ocasião. O protocolo prevê a atuação conjunta das tropas de choque do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), do Batalhão de Polícia do Exército (BPE) e do 1º Regimento de Cavalarias de Guardas do Exército (1RCG) para evitar invasões ao Palácio do Planalto. Contudo, no dia 8 de Janeiro, apenas o BGP estava de prontidão quando ocorreu a invasão.
O Plano Escudo também determina a formação de quatro barreiras de contenção para evitar o acesso de invasores ao Planalto, chamadas de "linha branca", "linha verde", "linha azul" e "linha vermelha". As linhas branca e verde são compostas por policiais militares do Distrito Federal, que devem seguir as orientações da Coordenação-Geral de Segurança de Instalações do GSI. No entanto, essa orientação não foi seguida pelo governo federal no dia do incidente.
Procurado pela coluna, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência emitiu uma nota, informando que o Plano Escudo é um documento operacional com classificação sigilosa. Além disso, foi destacado que os eventos relacionados ao dia 8 de Janeiro foram objeto de uma sindicância investigativa, cujos autos foram encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito conduzido pela Corte.
O caso evidencia a importância de seguir os protocolos de defesa em situações de risco, especialmente quando se trata da proteção de um local estratégico como o Palácio do Planalto. A negligência do governo Lula em acionar o Plano Escudo pode levantar questionamentos sobre as medidas de segurança adotadas na época e suas consequências.