Tocantins

Oficinas de REDD+ com comunidades tradicionais na Ilha do Bananal: Uma jornada para proteger a floresta e valorizar a cultura

Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos planeja ações participativas com povos indígenas, quilombolas e agricultores para desenvolver o Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins

Por Redação

02/08/2023 às 12:00:00 - Atualizado há
Foto: Camila Mitye

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) planeja realizar 30 oficinas preparatórias sobre o Programa Jurisdicional de REDD+ no estado, em busca de envolver de forma plena e efetiva os povos indígenas, comunidades quilombolas e agricultores na construção das salvaguardas.

A superintendente de Gestão de Políticas Públicas da Semarh, Marli Santos, esteve em visita à aldeia Fontoura, localizada na Ilha do Bananal, município de Lagoa da Confusão, para dialogar com lideranças do povo Iny Karajá e definir detalhes para o início das oficinas preparatórias. A consulta pública sobre o REDD+ visa desenhar indicadores de salvaguardas de forma participativa, ouvindo e considerando as opiniões das comunidades.

Essas oficinas são fundamentais para a implantação do Projeto REDD+ de forma justa e transparente. A iniciativa envolverá 12 oficinas com povos indígenas, 6 com comunidades quilombolas, 6 com agricultores familiares e outras 6 com médios e grandes produtores rurais. O engajamento de todas essas comunidades é essencial para certificar e verificar os créditos relacionados ao REDD+.

As florestas desempenham um papel vital no combate às mudanças climáticas, e os povos indígenas são guardiões essenciais dessas riquezas naturais. Reconhecendo sua importância, a superintendente Marli Santos enfatizou a necessidade de recompensá-los adequadamente e garantir sua participação ativa nas ações de conservação.

Foto: Camila Mitye

A visita à aldeia Fontoura faz parte do programa de inclusão sociopolítica dos povos indígenas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que ainda percorrerá outras aldeias, como Santa Izabel e Macaúba, na Ilha do Bananal. Além dos serviços eleitorais, essa ação conta com diversos parceiros, como emissão de carteira de identidade, certidão de nascimento e casamento e orientação jurídica.

A equipe da Semarh também coletou informações sobre a logística e infraestrutura necessárias para a realização das oficinas de REDD+. O objetivo é garantir que o evento seja um sucesso e proporcione um espaço para que os indígenas expressem suas opiniões e sugestões.

Durante a visita, surgiram ideias importantes, como a necessidade de apoio para divulgação e comercialização do artesanato produzido pelas mulheres da aldeia. O artesanato, feito com palha, madeira, penas e miçangas, conta a história do povo e sua relação com a natureza. No entanto, os impactos das mudanças climáticas já são sentidos, como a falta de buriti para o artesanato devido ao rio Javaés ter secado.

As salvaguardas de REDD+ têm o objetivo de garantir a proteção de questões sensíveis, como os direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais, a participação social, a preservação de ecossistemas naturais e a redução do desmatamento.


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