Aumento Alarmante: Casos de Zika no Tocantins Crescem 125% em 2023

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) lançou um alerta preocupante para a população tocantinense: os casos de Zika vírus estão aumentando a uma taxa alarmante. De acordo com o Boletim Epidemiológico das Arboviroses, entre janeiro e agosto de 2023, foram registrados 306 casos da doença no estado. Isso representa um crescimento vertiginoso de 125% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram notificados 136 casos prováveis.

A bióloga em Saúde e gerente de Vigilância das Arboviroses da SES-TO, Christiane Bueno Hundertmarck, ressaltou a importância desse alerta para a população. Ela destacou que, com a proximidade do período epidêmico das arboviroses e as chuvas irregulares, a atenção de todos deve ser redobrada na prevenção dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do Zika, dengue e chikungunya.

Christiane Bueno Hundertmarck enfatizou a necessidade de denunciar recipientes com acúmulo de água parada às autoridades de saúde para evitar a proliferação do mosquito. Além disso, fez um apelo às gestantes para que redobrem a atenção, pois o Zika vírus pode causar complicações sérias na gravidez, como aborto espontâneo, óbito fetal e anomalias congênitas, incluindo a microcefalia. Até o momento, nove gestantes já foram diagnosticadas com Zika vírus em 2023.

O Boletim Epidemiológico também trouxe outros dados preocupantes. No mesmo período, o Tocantins registrou 4.626 casos de chikungunya, representando um aumento de 19,4% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, os casos de dengue tiveram uma queda significativa de 80,9%, totalizando 3.795 ocorrências. No entanto, houve um registro de óbito por dengue no município de Dianópolis em 2023, enquanto para chikungunya e Zika não houve mortes confirmadas.

A batalha contra o Aedes aegypti é fundamental para conter essas doenças. Para evitar o ciclo de reprodução do mosquito, a população deve adotar medidas preventivas, como cobrir reservatórios de água, evitar o acúmulo de pneus e garrafas no quintal, limpar calhas e remover galhas e folhas, além de não jogar lixo em terrenos baldios, entre outras ações simples. O engajamento de todos é essencial para proteger a saúde pública e combater essas arboviroses.