Tocantins

Autorizada a Coleta do Capim-Dourado no Tocantins: Sustentabilidade e Cultura em Destaque

Com início em 20 de setembro, a temporada de coleta do capim-dourado é regulamentada pela Política Estadual de Uso Sustentável do Capim-Dourado e do Buriti.

Por Redação

22/09/2023 às 07:30:00 - Atualizado há
Foto: Fernando Alves

As delicadas hastes do capim-dourado brilham novamente no Tocantins, marcando o início da temporada de coleta autorizada que se estende até 30 de novembro. Regulamentada pela Lei nº 3.594/2019, que institui a Política Estadual de Uso Sustentável do Capim-Dourado e do Buriti, essa autorização é concedida a artesãos, extrativistas, agricultores familiares e produtores rurais cadastrados no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), órgão responsável pela execução da política ambiental do Estado.

Neste ano, o Naturatins emitiu e entregou 249 novas licenças de autorização para coleta, manejo e transporte do capim-dourado. Essas licenças abrangem beneficiários da cadeia produtiva da espécie em diversos municípios do estado, incluindo Novo Jardim, São Félix do Tocantins, Novo Acordo, Rio da Conceição, Porto Nacional, Ponte Alta do Tocantins, Mateiros, Santa Tereza e Dianópolis. No ano passado, um total de 276 licenças foi distribuído entre os municípios de Mateiros e Novo Jardim, com 273 delas sendo revalidadas neste ano.

Foto: Andréa Marques Paz

O capim-dourado é uma preciosidade predominante no Jalapão, mas também é encontrado em outras regiões do Tocantins, como o Sudeste, nos municípios de Dianópolis, Rio da Conceição, Novo Jardim e Pindorama, além da Região Central, em Santa Tereza e Tocantínia. Vanessa Braz, gerente de Suporte ao Desenvolvimento Socioeconômico do Naturatins, enfatizou que os campos dessa espécie ocorrem em várias partes do estado. O trabalho do Naturatins, portanto, visa garantir a sustentabilidade dessas áreas.

As ações do Naturatins incluem oficinas sobre a Lei nº 3.594/2019, fiscalização antes e depois do início da coleta para garantir o cumprimento da legislação estadual e coibir infrações ambientais. Vanessa Braz destacou que durante este ano, foram realizadas ações de sensibilização em 10 municípios, envolvendo comunidades indígenas, quilombolas e a população ligada à cadeia produtiva do capim-dourado e do buriti, beneficiando mais de 300 pessoas diretamente.

Esse esforço resultou na adesão de nove municípios para a emissão das licenças, representando um aumento significativo em relação ao ano anterior, quando apenas duas cidades emitiram licenças. Vanessa Braz enfatizou que esse resultado não apenas aumentou o número de licenças por cidade, mas também sensibilizou mais artesãos sobre a importância de desenvolverem seus trabalhos de forma regularizada e consciente quanto aos benefícios da preservação desses recursos naturais. Isso é um passo importante para garantir a sustentabilidade socioeconômica das comunidades envolvidas nessa cadeia produtiva e preservar a cultura única do capim-dourado no Tocantins.

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