Gerente de Supermercado Suspeito de Desviar R$ 500 Mil é Denunciado pelo Ministério Público

Homem teria realizado 192 desvios de envelopes do caixa ao longo de um ano; prisão ocorreu em Alagoas e aguarda transferência para o Tocantins

Foto: Prefeitura de Augustinópolis

Foto: Prefeitura de Augustinópolis

O Ministério Público do Tocantins denunciou um gerente de supermercado suspeito de desviar quase R$ 500 mil do estabelecimento em Augustinópolis, no norte do estado. O homem, de 54 anos, teria aproveitado a confiança depositada pelos proprietários para realizar 192 desvios de envelopes do caixa ao longo de um ano.

De acordo com a Polícia Civil, o gerente, considerado um excelente profissional, soube conquistar a confiança dos clientes, tornando-se quase inquestionável. Os desvios foram percebidos quando os empregadores notaram uma redução nos lucros, iniciando uma auditoria loja por loja.

O delegado responsável pelo caso, Jacson Wutke, afirmou que a descoberta dos desvios ocorreu após a auditoria e a quebra do sigilo bancário do suspeito. Apesar de receber um salário mínimo mensal, o gerente apresentou uma movimentação financeira de entrada de R$ 650 mil em sua conta durante o período investigado.

"A maioria dos depósitos era feita em dinheiro. Foi feita a auditoria na loja e chegou ao valor de R$ 468 mil desviados, que foi o valor que conseguimos comprovar", explicou o delegado.

O suspeito foi preso em Arapiraca (AL), onde já trabalhava e estava sendo investigado por um golpe semelhante. Ele gerenciava a maior loja de uma rede de supermercados com diversas filiais na região do Bico do Papagaio.

Além dos desvios, o gerente teria adquirido um lote com uma casa utilizando parte do dinheiro desviado. A propriedade, avaliada em cerca de R$ 200 mil, foi alvo de sequestro determinado pela Justiça. Outras medidas judiciais estão sendo cumpridas para tentar recuperar o valor supostamente desviado.

O suspeito encontra-se detido em Alagoas e aguarda transferência para o Tocantins, onde será processado pelo crime de furto qualificado, com pena que varia de dois a oito anos de prisão.

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