Governo do Tocantins Inicia Estudo para Certificação Internacional Livre da Febre Aftosa

O Tocantins dá um passo decisivo rumo à sua consolidação como território livre da febre aftosa. A partir de março, o estado será palco de um meticuloso Estudo Soroepidemiológico, coordenado pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), com o intuito de comprovar a ausência de circulação viral da doença em seu território.

53 propriedades rurais, distribuídas em 40 municípios tocantinenses, foram selecionadas para participar deste projeto pioneiro. Ao todo, 1.171 animais serão submetidos à análise, cujos resultados serão cruciais para respaldar o pleito do estado pela tão almejada certificação internacional de área livre da febre aftosa sem vacinação.

Paulo Lima, presidente da Adapec, enfatiza a importância desse estudo para a economia local. "A conquista da certificação internacional não só fortalecerá nossa pecuária, mas também abrirá portas para novos mercados, impulsionando o desenvolvimento do Tocantins", destaca Lima.

O processo, conduzido em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Universidade de São Paulo (USP), segue critérios rigorosos estabelecidos por modelos epidemiológicos científicos. João Eduardo Pires, responsável técnico pelo Programa Estadual de Vigilância em Febre Aftosa, esclarece que apenas animais com até 24 meses de idade serão incluídos na amostragem, representando aqueles nascidos após a suspensão da vacinação no Tocantins.

O estudo, previsto para ser concluído até junho, não acarretará custos aos produtores rurais participantes, garantindo assim a eficiência e representatividade dos resultados. A Adapec, em fase de preparação, está orientando os técnicos encarregados das coletas, triagem laboratorial e envio das amostras aos laboratórios designados pelo Mapa.

Este esforço não se restringe apenas ao Tocantins, mas abrange também os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, todos integrantes da Área 1, delimitada pelo Mapa. Unidos nessa empreitada, esses estados almejam consolidar uma zona livre de febre aftosa sem vacinação, contribuindo não apenas para a saúde animal, mas também para a prosperidade econômica da região.