Embaixadores de países nórdicos expressam desconforto com convite de Lula ao presidente russo para cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
A possível presença do presidente russo, Vladimir Putin, na cúpula do G20 no Rio de Janeiro, em novembro deste ano, tem gerado desconforto entre embaixadores europeus, especialmente aqueles dos países nórdicos. O convite estendido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Putin participar do evento levantou preocupações sobre as relações internacionais e a soberania da Ucrânia, em meio às tensões geopolíticas.
Em um almoço em Brasília, embaixadores de nações como Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca expressaram suas inquietações quanto à possível presença de Putin na cúpula do G20. O embaixador norueguês Odd Magne Ruud destacou que a participação de Putin poderia representar um "grande problema", especialmente entre as nações do G7. Johanna Karanko, embaixadora da Finlândia, ressaltou que a ameaça russa à Ucrânia levou o país a buscar integração na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Karanko indicou que, embora a Finlândia tenha interesse em comparecer à cúpula do G20, a possibilidade de descontentamento com a presença de Putin poderia resultar em enviar representantes de menor escalão do governo. Por outro lado, Karin Wallensteen, embaixadora da Suécia, demonstrou confiança no Brasil como parceiro que apoia a lei internacional, embora as relações entre o Brasil e a Rússia não correspondam ao ideal defendido pelos representantes europeus.
A questão da soberania da Ucrânia e as tensões geopolíticas na Europa continuam sendo uma preocupação central para os países europeus. As memórias da Segunda Guerra Mundial ainda são vivas na região, e a ameaça de uma nova guerra tem gerado preocupações significativas entre as nações do continente.