Polícia Civil do Tocantins Desmantela Organização Criminosa Especializada em Roubos e Extorsões

Operação resulta em apreensões e revela esquema de ocultação de valores através de plataformas de jogos online

Foto: SSP/TO

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Nas primeiras horas desta sexta-feira, 24, a Polícia Civil do Tocantins deflagrou uma operação de grande escala contra uma organização criminosa especializada em roubos e extorsões, causando prejuízos milionários às vítimas. A ação foi coordenada pelo delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho, chefe da 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (6ª DEIC) em Paraíso do Tocantins, e contou com a participação de diversas unidades policiais.

O grupo é apontado como responsável por uma série de crimes na região de Paraíso e cidades vizinhas. Um dos casos mais emblemáticos ocorreu na noite de 14 de fevereiro deste ano, quando um casal de empresários foi sequestrado em sua residência por três homens armados e mascarados. Os criminosos roubaram joias, relógios de grife, e a caminhonete das vítimas. Na madrugada seguinte, forçaram o casal a realizar transferências bancárias antes de abandoná-los na zona rural de Barrolândia.

Foto: SSP/TO

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que as transferências bancárias foram feitas para uma plataforma de jogos online, com o intuito de dificultar o rastreamento do dinheiro roubado. Esse esquema sofisticado permitiu aos criminosos sacar os valores transferidos, ocultando a origem ilícita dos fundos.

A operação resultou na recuperação de nove relógios, alguns avaliados em mais de R$ 5 mil, além de outros bens adquiridos com o produto dos crimes. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Palmas e no Distrito de Luzimangues. As investigações também identificaram o operador da plataforma de jogos online, responsável pelos saques dos valores ilicitamente transferidos.

O delegado Antônio Onofre destacou que os suspeitos possuem um extenso histórico criminal, incluindo roubos a bancos, explosão de caixas eletrônicos, latrocínio, extorsão, tráfico de drogas, entre outros crimes graves. "São indivíduos de altíssima periculosidade, envolvidos em crimes que requerem grande articulação e, muitas vezes, o uso de explosivos e armamento pesado", afirmou.

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A operação contou com a colaboração de diversas unidades da Polícia Civil, incluindo a Diretoria de Repressão ao Crime Organizado (DRACCO), 1ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (1ª DEIC - Palmas), 1ª Divisão de Repressão a Narcóticos (1ª DENARC - Palmas), 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP - Palmas), Delegacia de Combate a Crimes Rurais (Deleagro), Divisão de Combate à Corrupção (DECOR), Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT), e o Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE).

Com a identificação dos autores, o inquérito policial será encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as devidas providências legais. Os suspeitos enfrentarão acusações de roubo qualificado, uso de arma de fogo, restrição de liberdade, associação criminosa e lavagem de capitais.

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