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Política

Senado aprova novas medidas contra violência doméstica

Projeto cria o tipo penal "violĂȘncia psicológica contra a mulher"


O Senado aprovou hoje (1Âș) um projeto de lei (PL) que traz alterações na Lei Maria da Penha, cria o tipo penal "violĂȘncia psicológica contra a mulher" e o programa Sinal Vermelho, dentre outras mudanças com vistas a proteger as vítimas de violĂȘncia doméstica. O projeto segue para sanção presidencial.

O texto cria o tipo penal de violĂȘncia psicológica contra a mulher. O crime se se caracteriza quando o agressor causar dano emocional à mulher, de tal forma que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação.

O projeto também altera a Lei Maria da Penha para determinar que o agressor serĂĄ também afastado imediatamente do lar, domicílio ou local de convivĂȘncia com a ofendida se for verificado o risco da existĂȘncia de violĂȘncia psicológica. Atualmente, nos termos dessa lei, esse afastamento ocorre quando hĂĄ risco presente ou iminente à vida à integridade física da mulher em situação de violĂȘncia doméstica e familiar, ou de seus dependentes. Além disso, cria um tipo penal de lesão corporal cometida contra a mulher por razões da condição do sexo feminino.

Sinal Vermelho Contra a ViolĂȘncia Doméstica

O projeto traz uma outra particularidade, que é a criação de um símbolo possível de identificar prontamente uma situação de perigo vivida por uma mulher. Trata-se de um "X", preferencialmente na cor vermelha, que serĂĄ facilmente identificĂĄvel como o sinal de que a mulher estĂĄ em situação de perigo.

Vítimas de violĂȘncia doméstica podem apresentar um sinal vermelho na mão para alertar que estão vivendo uma situação de vulnerabilidade - Paulo H. Carvalho/AgĂȘncia Brasília

Segundo a relatora, Rose de Freitas (MDB-ES), a medida jĂĄ vem sendo conduzida por entidades como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), através da assinatura de convĂȘnios e protocolos. "[essas entidades] estabeleceram parcerias com redes de farmĂĄcias, drogarias e outros tipos de lojas comerciais, a fim de capacitar atendentes para identificar o pedido de socorro de vítimas expresso na forma de um X desenhado nas próprias mãos dela", explicou Rose de Freitas em seu relatório.

"É que, muitas vezes, a mulher vive em tamanho estado de opressão e medo, sendo tão constantemente vigiada, que não tem liberdade sequer para acionar a polícia ou outros órgãos de atendimento à vítima", acrescentou. Segundo a relatora, a medida ainda tem o desafio da realização de uma campanha que torne o símbolo familiar à vítima, para que lhe ocorra usĂĄ-lo em situações de urgĂȘncia, e facilmente reconhecido como um alerta para aqueles que deverão perceber seu significado e tomar providĂȘncias.

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