Lira diz que pesquisa não é suficiente para abrir processo de impeachment

A semana começa quente e movimentada, principalmente no cenário político. Na sábado uma pesquisa, realizada pelo instituto Datafolha, apontou que a maioria dos brasileiros é contrária à participação de militares da ativa em atos políticos e em cargos no governo federal. A pesquisa destacou ainda que, entre os dias 7 e 8 de julho, período em que o levantamento foi realizado, 54% dos entrevistados são favoráveis à abertura de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, e 42% aparecem contrários à iniciativa. Outros 4% não souberam opinar.

Porém, o presidente impeachment da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, já disse que este não é momento der se falar em. De acordo com ele, que é a pessoa que tem o poder para iniciar o processo de cassação do presidente nas mãos, é preciso ter calma" para analisar o pedido de abertura do processo e que o mesmo é "muito mais que uma pesquisa". Para a CNN, o presidente da Câmara disse que o impeachment é muito mais que uma pesquisa, ou que a vontade da oposição que, segundo ele, nunca tornou esse desejo claro.

Lira destacou ainda que o Brasil não tem condições para passar por um processo como esse e que a "desestabilização" da política brasileira não pode acontecer a cada eleição, ao mesmo tempo que apontou o sistema parlamentarista como uma possível solução para o contexto.

Agenda da Câmara

Em Brasília, o dia é de agenda cheia. Na Câmara dos Deputados as comissões debatem assuntos importantes como aumento de mortes por doenças cardíacas após a pandemia; prioridade para idosos em projetos da sociedade civil, situação da rodovia que interliga Bahia e Minas Gerais, possibilidade de aulas a distancia para alunos de Medicina Veterinária, educação bilíngue de surdos e implementação de metas junto a ONU.

Agenda no Senado

No senado federal a segunda-feira também começa quente. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, por meio do relator senador Renan Calheiros (MDB-AL), pediu a convocação do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, durante o depoimento de William Amorim Santana, técnico da área de Importação do Ministério da Saúde, na sexta-feira. Hoje desdobramentos deste pedido devem acontecer.