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Quais modelos de empresa estão mais preparados para seguir a cultura digital?

Especialista em Gente, Gestão e Estratégia aponta os exemplos de organizações mais próximas desta atuação já comum no mercado

Por Assessoria de imprensa

27/05/2021 às 17:34:30 - Atualizado há

É um caminho sem volta e foi acelerado pela pandemia. A necessidade de reduzir as aglomerações e o cenário de profissionais trabalhando a partir de casa anteciparam, em alguns anos, o que os futuristas e especialistas em tendência de mercado imaginavam para daqui a um tempo. O dilema atual entre as organizações é saber se estão realmente preparadas para a cultura digital. Estudiosa do tema, a especialista em Gente, Gestão e Estratégia, Janaina Manfredini, comenta que o mindset organizacional precisa estar preparado a esta abertura de fronteiras. Nas mais diversas esferas da empresa.

"Hoje até um médico aciona um robô para cirurgias a longa distância em procedimentos 100% seguros, o que impede uma empresa de seguir sua história atenta aos novos processos tecnológicos?", indaga Janaina. Ela mesma responde que de nada adianta uma empresa contratar as mais modernas ferramentas digitais, se a cultura ainda tem como mindset principal a gestão por tempo e presença física, a necessidade de controle de tarefas, e outros pontos de modelos de gestão do passado. "A cultura digital e o sucesso que vemos de muitas empresas na mídia é fruto e está embasada numa cultura organizacional que permite essas práticas", justifica.

Aos empreendedores, a dica é garantir que a cultura da empresa - especialmente as lideranças - esteja com suas práticas de gestão condizentes com essa nova era. Além disso, é importante olhar para o seu modelo de negócio. Pois não há sustentabilidade para uma cultura digital com um modelo de negócio ainda muito dependente de poucas e antigas formas de disponibilizar serviços. O ideal é estar entre os quatro modelos abaixo, para estar cada vez mais dentro do cenário digital.

1 – Modelo mental "Digital and Remote First"

Este modelo se caracteriza pelo fato de as pessoas estarem confortáveis com a tecnologia e com o trabalho/reuniões remotas, permitindo-se questionar sobre os processos internos, bem como dispostas a aprender, mesmo sabendo que as mudanças causam desconforto inicial. E, claro, independentemente da localização geográfica. Neste modelo, há muita curiosidade por tendências tecnológicas e de negócios. "São os verdadeiros incomodados com o "sempre fizemos assim"", comenta a especialista em Gente, Gestão e Estratégia, Janaina Manfredini. Acima de tudo, os profissionais, ao implementarem novos processos ou rever antigos, primeiro pensam

"como podemos digitalizar isso?".

2 – Modelo de Gestão

Um processo de transformação (ou modernização) cultural busca passar a empresa de uma gestão no modelo tradicional para uma gestão mais humanizada, integral e sistêmica. E o resultado dessa evolução é o impacto positivo e o engajamento por propósito tanto do time quanto do cliente. Ou seja, existe um modelo mais claro e, muitas vezes, mais horizontalizado, regido por um propósito organizacional que conecta todos os stakeholders na mesma direção.

3 – Modelo de Liderança e Gestão de Pessoas

Abandonar o modelo que valoriza o tempo de dedicação e a presença física e passar para um que mede e valoriza entregas e seus impactos, bem como o engajamento. Ou seja, agora, o modelo de liderança, mais do que nunca, torna-se imprescindível e um grande diferencial. Ao passo que o modelo "chefia" torna-se arcaico. Quem nunca vivenciou uma pessoa de muito esforço sendo parabenizada sem que sua habilidade e competência com gestão de prioridade, recursos e tempo fossem questionados? O grande ganho disso é uma gestão de pessoas e times mais fluida, clara e resiliente. E, como já sabemos, resiliência é um ingrediente essencial na era de mudanças.

4 – Modelo de negócio

Se permitir a olhar novas possibilidades de produtos, serviços e parcerias, bem como adaptações no atual modelo. Ou seja, no caso de uma padaria, seriam as novas formas de fazer com que o pão chegue ao consumidor e este até o pão. Além disso, é adaptar a comunicação com o mercado, tendo em vista as fortíssimas mudanças de comportamento do consumidor provocadas pelos modelos emergentes como a nova economia digital, a economia do acesso e a compartilhada. O grande resultado que se pode obter com esta transição é um modelo de negócio mais resiliente, capaz de mudar rápido quando necessário, sem grandes custos e, especialmente com escalabilidade. Pois - ainda tomando como exemplo a nossa padaria - se a única forma de acessar o pão é a porta aberta, a padaria ainda depende do cliente ir até o local. Já no caso de outras formas, como delivery, clube de assinatura ou pré-pronto (onde o cliente deixa congelado), a padaria passa a ganhar outros tantos canais e aumenta suas possibilidades e maneiras de vender o pão. "Além de adaptabilidade, ganha-se escala - característica principal do modelo de negócio emergente", reforça a especialista em Gente, Gestão e Estratégia, Janaina Manfredini. E ganhará, provavelmente, até mesmo um aumento de lucratividade e participação de mercado.

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