Esportes Esporte

Relação entre Vasco e SAF em crise: Momento conturbado coloca CEO no centro das críticas

Desgaste e cobranças aumentam em meio à crise do futebol vascaíno

Por Redação

09/06/2023 às 14:30:00 - Atualizado há
Divulgação

No cenário de crise que assola o futebol do Vasco, uma relação que já teve seus momentos de harmonia enfrenta agora seu período mais turbulento. A parceria entre a SAF (Sociedade Anônima de Futebol) e o clube associativo tem sido alvo de críticas internas por parte da diretoria, com o futebol e a gestão esportiva sendo pontos de discordância. Enquanto ainda existe cordialidade entre as partes, os ruídos e as cobranças são amplificados pelo momento delicado vivido pelo time, e é o CEO Luiz Mello quem se encontra no centro dessa tempestade.

Desde sua nomeação para o cargo de CEO, quando a 777 Partners assumiu o controle do futebol em agosto do ano passado, Mello nunca teve uma relação harmoniosa com alguns dirigentes do clube associativo. Na verdade, algumas figuras chegaram a pedir sua saída horas após o anúncio de sua nomeação. Mello já ocupava a posição de CEO do Vasco desde janeiro de 2021, antes mesmo do acordo com a SAF, e já possuía divergências com algumas áreas da instituição. Por outro lado, a SAF alega que Mello está sendo alvo de críticas por questões políticas, uma vez que este é um ano eleitoral para a presidência do Vasco. Em novembro, os sócios terão a tarefa de escolher o novo presidente da associação, que ainda detém 30% do futebol. Alguns dentro da empresa acreditam que parte dos recentes protestos tenha motivações ligadas às correntes políticas presentes no clube. Do lado do clube associativo, as principais queixas envolvem os resultados no futebol e a falta de transparência. Há cerca de 20 dias, uma carta assinada pelo presidente Jorge Salgado e por outros membros da diretoria solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Administração da SAF para esclarecer pontos delicados.

O pedido foi atendido e, na última segunda-feira, ocorreu uma reunião virtual do Conselho de Administração, presidida por Josh Wander, proprietário da 777 Partners. Durante o encontro, foi prometida a chegada de reforços na próxima janela de transferências, porém, isso não foi suficiente para acalmar os ânimos. Menos de 24 horas após a reunião, uma nova questão veio à tona, expondo publicamente os ruídos na relação. Após a depredação de São Januário no jogo contra o Flamengo, o clube associativo emitiu uma nota declarando que exigiria esclarecimentos da SAF sobre as circunstâncias do incidente e sobre as medidas de segurança implementadas no estádio.

No momento, a relação entre o Vasco e a SAF, que já viveu bons momentos com o acesso à Série A e investimentos significativos na última janela de transferências, está abalada. O clube associativo, entretanto, tem poucas opções além de cobrar, uma vez que a SAF controla o futebol. De acordo com o contrato, o clube só pode exigir a saída de Luiz Mello em situações extremas, como um eventual rebaixamento para a Série B. Paralelamente, as cobranças vêm de todos os lados. Membros do Conselho Deliberativo solicitaram uma reunião extraordinária com Jorge Salgado, Roberto Duque Estrada (representantes do clube no Conselho de Administração da SAF), Paulo Bracks (diretor esportivo) e Luiz Mello (CEO da SAF) para exigir esclarecimentos sobre o desempenho do futebol e as cláusulas contratuais com a 777 Partners. O documento foi protocolado na última quarta-feira, como informou o veículo "Lance!".

A crise no futebol vascaíno está longe de encontrar uma solução, e a relação entre o clube e a SAF se encontra em seu pior momento. Enquanto as tensões se intensificam, resta esperar para ver como essa narrativa se desenrolará e quais serão os desdobramentos para o futuro do Vasco.

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