Semana Silvestre do Naturatins: Ação Intensa e Informação Valiosa para a Conservação

Encontro promovido pelo Naturatins reúne especialistas e aborda temas essenciais para a preservação da fauna e saúde pública

Foto: Andréa Marques Paz

Foto: Andréa Marques Paz

A jornada intensa da Semana Silvestre do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), que teve início na segunda-feira, 14, e chegou ao seu auge na última sexta-feira, 18, deixou uma pegada marcante e cheia de aprendizado. Nesse último dia repleto de atividades, o evento contou com a ilustre presença do médico veterinário Pedro Lima, da Fundação Bio Brasil, na Bahia. Ele trouxe à luz a urgente questão do tráfico de animais silvestres, um tema que ecoa pelos corredores da preservação.

Com um balanço notável de ações e uma programação diversificada e rica em informações, a Semana Silvestre marcou um marco significativo. E em seu fechamento, o médico veterinário Pedro Lima compartilhou insights cruciais sobre os esforços envidados nos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). O foco: combater o abominável tráfico de seres silvestres. Sua apresentação não apenas destacou os trabalhos realizados, mas também elucidou as técnicas de reintrodução de aves na natureza, uma delicada dança entre a proteção e a liberdade.

Outro tópico de extrema importância, mas que, por vezes, permanece na sombra, veio à tona: a febre do Nilo Ocidental. Anderson Bandeira, assessor das Arboviroses Silvestres da Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SE-TO), trouxe clareza sobre essa preocupante doença. Abordou a situação epidemiológica e os protocolos de notificação, realçando as medidas de prevenção e controle.

Bandeira ressaltou, "Recomenda-se usar repelente e adotar todas as precauções para evitar o contato com os vetores. É vital eliminar recipientes descartáveis que possam armazenar água. Além disso, é crucial notificar as autoridades sobre mortes de aves silvestres sem causa aparente e óbitos de equinos com sintomas neurológicos".

A batalha contra a febre do Nilo Ocidental toma uma dimensão local no município de Caseara, com dois casos notificados. Desde junho, as equipes da coordenação geral de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde e da SES-TO têm mergulhado na investigação, buscando entender a doença e sua disseminação no Estado do Tocantins. A pesquisa engloba os mosquitos vetores potenciais e as aves afetadas.

Com resultados positivos e conteúdo valioso, a bióloga do Naturatins, Angélica Beatriz Corrêa Gonçalves, celebra o sucesso da Semana Silvestre. Ela destaca, "O evento superou nossas expectativas. Encerramos a semana com uma gama de informações cruciais para as equipes que trabalham incansavelmente no manejo da fauna silvestre. Os frutos serão colhidos nas ações futuras".

A programação densa da Semana Silvestre abraçou uma série de momentos memoráveis. A apresentação sobre a estrutura, atribuições e anseios do Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), pela coordenadora Samara Almeida, serviu como um farol de direção. A presença das biólogas Alice Rabelo e Ariela Castelli, do Instituto de Pesquisa e Conservação Waita, trouxe ao palco o Projeto Voar. Elas iluminaram os processos de reabilitação, soltura e monitoramento de papagaios-verdadeiros e papagaios-de-peito-roxo, espécies de psitacídeos.

A Semana Silvestre ofereceu uma oportunidade inestimável para uma visita ao Cefau, onde a teoria se transformou em prática. Além dos técnicos do Naturatins e outras instituições, o professor André Luiz Rondelli e seus alunos da Universidade Católica do Tocantins (UniCatólica), que mantém uma parceria estratégica com o Naturatins por meio de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), também participaram. Na quinta-feira, 17, Rondelli e seus alunos apresentaram as práticas e resultados da colaboração em Clínica Médica.

A força da Semana Silvestre residiu na participação unida de Unidades de Conservação (UCs), Unidades Regionais, Universidade Federal do Tocantins (UFT), Universidade Católica do Tocantins (UniCatólica), Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), e muitas outras entidades. Um tributo à vitalidade da preservação e à disposição de aprender e compartilhar.

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