Sítios Arqueológicos do Tocantins Clamam por Conservação e Desenvolvimento

Em meio à vastidão do Tocantins, um tesouro oculto resiste ao tempo, clamando por preservação e cuidado. Cerca de 2 mil sítios arqueológicos nesse estado abrigam vestígios da história ancestral, mas sua proteção e conservação tornaram-se imperativas. O Ministério Público do Tocantins (MPTO) e uma coalizão de entidades estão unindo forças para garantir que esses locais preciosos não se percam nas areias do tempo.

Recentemente, membros do MPTO se juntaram ao Ministério Público Federal (MPF), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Sebrae, Naturatins e os Municípios de Palmas e Lajeado em uma visita ao Sítio Arqueológico Caititu, situado em Lajeado, no último dia 1º de setembro. Nessa jornada, a procuradora de Justiça Maria Cotinha Bezerra Pereira, a promotora de Justiça Isabelle Figueiredo, e o promotor Vinícius de Oliveira e Silva testemunharam a importância desses locais.

O Sítio Arqueológico Caititu, com seus registros rupestres adornando um paredão arenítico ao longo de 50 metros, serve como um lembrete tangível do passado. Durante a visita, a equipe avaliou a infraestrutura local e discutiu melhorias necessárias para proteger esse tesouro histórico.

O objetivo unificado dessas entidades é traçar estratégias para desenvolver projetos de estruturação e planos de visitação que contribuam significativamente para a preservação dos sítios arqueológicos catalogados no Tocantins pelo IPHAN.

Uma das prioridades discutidas envolve a formação de guias e condutores locais, bem como uma campanha de sensibilização direcionada aos proprietários desses sítios. A ideia é que a comunidade local compreenda a importância de preservar esses locais e perceba as possibilidades de desenvolvimento do empreendedorismo ligado aos sítios arqueológicos. Isso não apenas protegerá nosso patrimônio histórico, mas também trará benefícios econômicos para a comunidade.

O IPHAN, com sua expertise em preservação histórica, já está atuando em três processos de conservação no Tocantins. Isso inclui seis sítios arqueológicos em Novo Acordo, a Igreja do Rosário em Chapada da Natividade (envolvendo pesquisa arqueológica e projeto paisagístico), e a Chapada dos Negros em Arraias. No entanto, o desafio é vasto, com uma lista que abriga aproximadamente dois mil sítios arqueológicos, todos aguardando sua vez de serem incluídos em projetos de conservação.

O Tocantins, com seu rico legado histórico, está tomando medidas concretas para preservar suas raízes culturais. Essa união de esforços é um testemunho do compromisso com a história, a cultura e o desenvolvimento sustentável. À medida que esses sítios arqueológicos são protegidos e valorizados, eles continuarão a nos lembrar das incríveis narrativas que nossa terra carrega.