Tocantins

Festa da Colheita do Capim-Dourado: Dona Miúda e a Economia Criativa Jalapoeira

Com apoio do Governo do Tocantins, a celebração destaca a arte difundida por Dona Miúda e acontece de 15 a 17 de setembro.

Por Redação

12/09/2023 às 19:00:00 - Atualizado há
Foto: Mazim Aguiar

Nos recantos exuberantes do Jalapão, onde a natureza exibe sua majestade inigualável, uma história de perseverança e criatividade floresce como o capim-dourado que dá vida a essa região. Esse tesouro da flora é mais do que uma planta; é uma tradição que se tornou o coração da economia criativa do Tocantins. E a Festa da Colheita, que acontece de 15 a 17 de setembro, é a celebração vibrante dessa história, com o apoio crucial do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur).

Tudo começou com Dona Miúda, a mulher cujo espírito empreendedor e paixão pela arte do capim-dourado mudaram o destino da comunidade do Jalapão. Hoje, a colheita dessa planta dourada entre setembro e novembro é um evento aguardado com ansiedade, e a Comunidade Mumbuca se une para celebrar a Festa da Colheita.

Foto: Mazim Aguiar

Este evento não é apenas uma festa, mas um tributo à resiliência e ao poder da comunidade. O Governo do Tocantins, consciente do impacto do capim-dourado na região, apoia integralmente esta celebração. A programação é repleta de atividades significativas, incluindo mesas de discussão sobre o manejo do capim-dourado e do fogo, bem como a importância do turismo de base comunitária para Mumbuca.

A Festa da Colheita é uma vitrine para a cultura rica do Jalapão. Com atividades esportivas, apresentações culturais e shows com diversos artistas, a festa presta homenagem a Maurício Ribeiro, conhecido nacionalmente por sua habilidade com a viola de buriti e que nos deixou em 2021, vítima da covid-19.

Hercy Filho, Secretário de Estado do Turismo, destaca o compromisso do Governo do Tocantins em valorizar a comunidade local e atrair visitantes para o Jalapão. Ele enfatiza como os turistas podem levar para casa o belíssimo artesanato em capim-dourado como lembrança desse lugar especial.

Foto: Mazim Aguiar

A história do capim-dourado é uma narrativa de transformação. O artesanato, inicialmente simples e utilitário, ganhou vida através da criatividade e da colaboração. Designers trouxeram novas ideias e técnicas, capacitando artesãos locais. Associações, registradas no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e autorizadas para o manejo sustentável, surgiram para proteger essa riqueza natural.

Dona Miúda, cujo nome verdadeiro era Guilhermina Ribeiro da Silva, personifica essa jornada. Ela não tinha títulos acadêmicos, mas seu conhecimento e paixão pela arte do capim-dourado transcenderam fronteiras. Hoje, o artesanato é conhecido muito além do Jalapão, marcando presença em cidades como São Paulo, Curitiba, Brasília e Goiânia.

Foto: Mazim Aguiar

A Associação de Artesãos e Extrativistas do Povoado do Mumbuca testemunha como o capim-dourado é a base de sustento da comunidade, transmitido de geração em geração e projetando a região para o mundo. A colheita de 2022 resultou em cerca de 15 mil peças, e as expectativas para este ano são igualmente promissoras.

A Festa da Colheita não é apenas uma celebração; é um tributo à perseverança, à tradição e à beleza da cultura do Jalapão. Com o apoio do Governo do Tocantins, essa celebração ecoa o legado de Dona Miúda e continua a impulsionar a economia criativa jalapoeira, oferecendo um vislumbre do futuro brilhante que aguarda essa comunidade única.

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