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Hospitais Estaduais Agem com Velocidade no Combate à Sepse no Dia Mundial de Conscientização

Diagnóstico ágil e início imediato do tratamento são vitais na batalha contra a sepse, uma doença muitas vezes silenciosa.

Por Redação

16/09/2023 às 22:00:00 - Atualizado há
Foto: SES/TO

Na última quarta-feira, 13 de setembro, foi uma data de extrema importância no calendário médico. Este é o Dia Mundial da Sepse, uma doença que exige ação rápida e diagnóstico preciso para salvar vidas. Sob o tema "Antibióticos: muito além da primeira hora", a campanha deste ano tem como objetivo destacar não apenas a urgência do início do tratamento na primeira hora, mas também enfatizar a necessidade de acompanhamento contínuo e intervenções médicas adequadas.

Para sensibilizar tanto a população quanto os profissionais de saúde sobre a sepse, equipes dedicadas do setor de qualidade do Hospital Geral de Palmas (HGP) e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Regional de Gurupi (HRG) organizaram programações especiais. O objetivo principal dessas atividades é apresentar os protocolos essenciais a serem seguidos nas primeiras horas de suspeita de sepse e educar sobre os sinais clínicos que indicam que um paciente está em risco de desenvolver essa condição grave.

A sepse, antigamente conhecida como infecção generalizada ou septicemia, é uma resposta desregulada do corpo a uma infecção em qualquer parte do organismo. Essa infecção pode ser causada por bactérias, fungos, vírus, parasitas ou protozoários, desencadeando uma resposta inflamatória. No entanto, essa reação pode prejudicar o funcionamento de diversos órgãos, resultando em disfunção ou falência múltipla de órgãos. A sepse pode ocorrer em pacientes hospitalizados ou surgir como resultado de infecções comuns, como pneumonia ou infecção urinária.

A Dra. Mônica Silva Dias Franco, infectologista e gerente sepse pelo Escritório da Qualidade, enfatiza que "apesar de qualquer pessoa poder desenvolver sepse, aquelas com sistema imunológico enfraquecido e doenças crônicas têm maior risco, incluindo prematuros, crianças com menos de um ano, idosos acima de 65 anos, pessoas com câncer, HIV, insuficiência cardíaca ou renal e diabetes."

Foto: SES/TO

"A detecção precoce e o início imediato do tratamento, frequentemente com o uso de antibióticos, são cruciais nesses casos. O ideal é que as medidas iniciais sejam tomadas dentro da primeira hora após a suspeita de infecção, a fim de prevenir danos ao organismo, especialmente aos órgãos vitais, e evitar sequelas, como lesões renais, cardíacas e neurológicas", acrescenta.

De acordo com a coordenadora da CCIH do HRG, Marília Pantoja Soares da Silva, "essas ações são de fundamental importância, principalmente para conscientizar a comunidade e os profissionais da saúde sobre a importância de trabalhar juntos para reduzir a mortalidade por essa doença."

Prevenção e Dados

A sepse pode ser prevenida, especialmente em crianças, através da adesão ao calendário de vacinação. A higiene adequada das mãos e a manutenção de equipamentos médicos esterilizados são medidas que também ajudam a evitar infecções hospitalares que podem levar à sepse. Vale ressaltar que a sepse não está restrita a infecções hospitalares; portanto, adotar hábitos saudáveis de vida é fundamental. Evitar a automedicação e o uso indiscriminado de antibióticos são práticas que podem contribuir para a prevenção da sepse.

No Brasil, são registrados cerca de 400 mil casos de sepse em pacientes adultos a cada ano, com uma taxa de mortalidade de 60% nas UTIs. Entre as crianças, são reportados anualmente cerca de 42 mil casos, com 19% de mortalidade, resultando em oito mil óbitos. A conscientização sobre a sepse e a ação rápida são cruciais para reverter essas estatísticas e salvar vidas.

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