Após longo julgamento, teses do Ministério Público do Tocantins são acatadas, culminando na condenação dos 15 réus envolvidos na fuga do Presídio Barra da Grota.
Após doze dias de um julgamento minucioso e incisivo, chega ao seu desfecho uma das mais extensas sessões de Tribunal do Júri já realizadas no Estado do Tocantins. Nesta sexta-feira, 22, todos os 15 réus envolvidos nos crimes ocorridos durante a fuga do Presídio Barra da Grota, em Araguaína, foram condenados, com penas que superam os 70 anos de reclusão.
O processo teve início em 11 de março, no Fórum de Araguaína, e testemunhou o depoimento de 59 pessoas, entre elas 35 testemunhas, nove vítimas dos crimes e os próprios réus. Sob a acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO), os promotores Daniel José de Oliveira Almeida, Breno de Oliveira Simonassi e André Henrique Oliveira Leite, do Núcleo do Tribunal do Júri do Ministério Público do Tocantins (MPNujuri), sustentaram a tese de que os detentos atuaram em conjunto na série de delitos cometidos durante a fuga.
Este caso se tornou notório não apenas pelo número de réus envolvidos, mas também pela magnitude dos crimes perpetrados. Os detentos, ao escaparem da unidade penal, utilizaram reféns como escudos humanos, incluindo uma professora que lecionava no presídio. Os crimes imputados aos réus abrangem desde organização criminosa até tentativa de homicídio, destacando-se pela violência e audácia.
Vale ressaltar que este não é o primeiro desfecho relacionado à fuga do Barra da Grota. Em outubro de 2023, outros quatro réus foram julgados e também condenados, com penas variando entre 46 e 82 anos de reclusão.
O episódio em questão ocorreu em 2 de outubro de 2018, quando 28 detentos escaparam por um buraco na cela, causando uma das maiores fugas em massa já registradas no Estado. Utilizando armas de fogo e reféns como escudos, os fugitivos confrontaram a polícia e se dispersaram em um matagal, mantendo os reféns sob seu domínio por mais de 30 horas.
Nove dos fugitivos foram mortos em confronto com as autoridades, incluindo o líder do grupo. Os demais foram recapturados em momentos posteriores, e agora enfrentam a justiça pelo papel desempenhado na fuga e nos crimes subsequentes.
Os réus condenados nesse julgamento são:
O desfecho desse julgamento reafirma o compromisso da justiça em combater o crime e garantir a segurança da sociedade.
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