Homem é condenado a mais de 20 anos de prisão por matar mulher na frente do filho
Tribunal do Júri acata tese do Ministério Público e reconhece crime como feminicídio por motivo fútil.
José Rodrigues Lopes foi condenado a uma pena de 20 anos, 10 meses e 15 dias de prisão pela morte de sua companheira, Priscila Ferreira Lopes, em uma sessão do Tribunal do Júri realizada no último dia 21 de março, no Fórum de Palmas.
O crime, caracterizado como feminicídio, ocorreu na madrugada de 12 de março de 2023, no Jardim Aureny III, na região Sul de Palmas. Segundo os relatos, Lopes tirou a vida de Priscila com golpes de faca, na frente de pelo menos um dos filhos do casal. O Conselho de Sentença reconheceu a tese apresentada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), de que o crime foi cometido por motivo fútil e dificultou a defesa da vítima.
Priscila havia decidido se separar de Lopes devido ao seu comportamento agressivo e hostil ao longo dos quatro anos de convivência do casal, marcados por frequentes discussões e episódios de violência física e psicológica. O réu não aceitava a separação e, durante uma discussão, desferiu 12 facadas contra Priscila.
Além da pena de prisão, o Tribunal determinou o pagamento de indenização por danos morais no valor total de R$ 110 mil. Desse montante, R$ 50 mil foram destinados aos filhos da vítima, R$ 40 mil aos pais de Priscila e R$ 20 mil aos seus irmãos.
O promotor de Justiça Argemiro Ferreira dos Santos Neto, da 1ª Promotoria de Justiça da Capital, responsável pelas alegações no caso, ressaltou a importância da condenação como uma medida de justiça diante da gravidade do crime cometido. O Ministério Público também destacou o reconhecimento do feminicídio como uma forma de combater a violência contra as mulheres e buscar a proteção das vítimas.