CPI reaviva debate sobre a interferência entre os poderes
Nessa segunda-feira (26) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reagiu à decisão judicial que veta Renan Calheiros (MDB-AL) da relatoria da CPI da Corona Vírus. Pacheco adiantou que o Senado não permitirá "interferência de um juiz", e completou afirmando a constitucionalidade "da harmonia e independência entre os Poderes".
A decisão que veta Renan Calheiros resulta de ação movida pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP). O limite das interferências entre os poderes é um assunto recorrente desde que a CPI da Corona Vírus passou a ocupar protagonismo entre os assuntos discutidos no Congresso. Em vários aspectos, STF e Executivo são acusados de tentar interferir na configuração dos moldes em que a CPI será conduzida.
O presidente Jair Bolsonaro tem comentado os desdobramentos que envolvem a CPI e teve conversa com o senador Kajuru divulgada pelo próprio parlamentar, em que revela seus anseios sobre o desenrolar da Comissão.
O ministro Luís Barroso proferiu decisão monocrática determinando a instalação das investigações. O objeto dos trabalhos da Comissão estabelecido por Barroso foi ampliado por ação do Senador Eduardo Girão(Podemos-SP) que reuniu assinaturas para também investigar ações e omissões de governadores e prefeitos na condução da crise social e sanitária que decorre da pandemia.
A expectativa é que os trabalhos da Comissão se iniciem nessa terça-feira (27) e com isso sejam definidos relator e presidente da Comissão.